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Polônia: beatificação de 15 religiosas assassinadas pelo exército comunista da Rússia

No final da Segunda Guerra Mundial, a Irmã Krzysztofa Klomfass e quatorze religiosas da Congregação de Santa Catarina Virgem e Mártir foram brutalmente assassinadas por soldados do Exército Vermelho, defendendo sua pureza e fé.

Foto: Vatican news/ (Montagem: Norbert Block/Fotos: Katharinenschwestern)

Foto: Vatican news (Montagem: Norbert Block/Fotos: Katharinenschwestern)

Redação (01/06/2025 10:41, Gaudium Press) A Irmã Krzysztofa Klomfass e 14 religiosas da Congregação das Irmãs de Santa Catarina Virgem e Mártir, foram martirizadas no final da Segunda Guerra Mundial, durante a ofensiva do Exército Vermelho em Vármia e em outras cidades. Algumas morreram em gulags (campos de concentração) soviéticos. “Elas morreram por sua fé em defesa da dignidade e da castidade, e das pessoas que lhes foram confiadas. Elas foram vítimas do ódio ao cristianismo e à Igreja Católica’ – disse a postuladora do processo de beatificação Irmã Łucja Jaworska.

A primeira a ser assassinada pelos soldados foi a Irmã Krzysztofa, de 42 anos. Em 21 de janeiro de 1945, soldados do Exército Vermelho invadiram o bunker do hospital de Olsztyn, onde a irmã se refugiou com seus pacientes. Lá, ela foi brutalmente espancada e, defendendo a virtude da pureza, foi mortalmente ferida com uma baioneta.

Uma semana depois, no dia 27 de janeiro, as Irmãs Sekundina Rautenberg e Adelgard Bönigk foram capturadas pelos soldados russos. Os rosários que usavam amarrados à cintura foram presos a um carro e elas foram arrastadas pelas ruas de Rastenburg (hoje Kętrzyn) até à morte.

A violência, os maus-tratos, as marchas forçadas e os ferimentos mortais encurtaram a vida das outras religiosas: Mauritia Margenfeld foi capturada pelo Exército Vermelho em Allestein, foi maltratada várias vezes pelos soldados e depois levada numa marcha forçada até Praschnitz (hoje Przasnysz), para ser forçada no dia seguinte a caminhar até Zichenau (hoje Ciechanów), a 27 km de distância. De lá, foi deportada para Tula, onde tratou pacientes com tifo. Ela morreu em consequência dos maus-tratos sofridos, em 7 de abril.

A última a morrer em ordem cronológica foi Saveria Rohwedder, em 25 de novembro, em consequência dos golpes que lhe foram infligidos por um soldado russo que a espancou violentamente simplesmente porque ela usava um hábito religioso. Enquanto era espancada impiedosamente, ela disse ao seu algoz: “Eu te perdoo”.

Durante a cerimônia, o Cardeal Semeraro leu a carta apostólica na qual Leão XIV inscreveu as Veneráveis Servas de Deus Irmã Krzysztofa Klomfass e suas 14 Companheiras entre os Beatos.

Em sua homilia, o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos contou que a história dessas religiosas despertou fortes emoções entre cardeais e bispos quando se reuniram no Dicastério, em março passado, para apresentar ao Santo Padre o parecer sobre o martírio. A primeira razão para sua comoção foi a crueldade dos criminosos, “que pareciam ultrapassar todos os limites, sem escrúpulos em pisotear a dignidade humana e sem respeito pela dignidade dessas mulheres nem por seu estado de vida como pessoas consagradas”, ressaltou o Cardeal Semeraro.

“O segundo elemento é a força de espírito e a perseverança dessas religiosas, que souberam resistir à opressão – pode-se dizer – ‘com a força de sua fraqueza’”, acrescentou o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Ele destacou que as beatas mártires confirmam hoje, com seu testemunho, o valor eterno de Deus e do bem, enquanto seus assassinos são lembrados apenas pela crueldade do mal que cometeram.

Durante a cerimônia, o cardeal Semeraro leu a carta apostólica na qual Leão XIV inscreveu a venerável serva de Deus, irmã Krzysztof Klomfass, e suas 14 companheiras no grupo dos beatos.

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