Polícia do regime de Ortega emite comunicado sobre o sequestro do Bispo de Matagalpa
Falam de ações desestabilizadoras e provocativas de Mons. Álvarez que justificariam sua transferência para Manágua.
Redação (20/08/2022 11:33, Gaudium Press) A polícia do regime Ortega emitiu um comunicado sobre o verdadeiro sequestro sofrido por Mons. Rolando Álvarez, Bispo de Matagalpa, ocorrido ontem de manhã.
O comunicado, que não tem nenhuma assinatura, mas o papel timbrado da Divisão de Relações Públicas – Polícia Nacional, afirma que o sequestro do Bispo de Matagalpa “permitiu o regresso à normalidade para a Cidadania e Famílias de Matagalpa”, mas não apresenta as supostas razões que sustentam tal afirmação.
“Durante vários dias, esperou-se, com muita paciência, prudência e sentido de responsabilidade, uma comunicação positiva do Bispado de Matagalpa, que nunca se concretizou e, como persistiam as atividades desestabilizadoras e provocativas, tornou necessária a mencionada operação de Ordem Pública”, continua, sem especificar as supostas ações desestabilizadoras do Bispo, nem menciona se todas as operações contra Mons. Álvarez que restringem sua liberdade de movimento, residência e integridade pessoal executam as decisões de uma autoridade judicial como ocorre em qualquer Estado de Direito.
Avisam que Mons. Álvarez já está “em abrigo domiciliar” em Manágua, e que pôde conversar com seus familiares e com o Cardeal Leopoldo Brenes. Sobre os outros que foram presos com o Bispo, informam que “continuam cumprindo os respetivos processos na Direção de Assistência Judiciária”.
Em fatos que suscitaram o interesse e a indignação de pessoas de todo o mundo, o prelado foi levado da Cúria Diocesana de Matagalpa entre as 2 e as 3 da manhã, junto com as pessoas que o acompanhavam. Os sinos começaram a tocar avisando a população, mas embora centenas estivessem presentes na cúria, não conseguiram impedir a transferência do Bispo, num comboio composto por 8 patrulhas.
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