Polícia canadense é proibida de usar imagem de São Miguel Arcanjo
A recente decisão do Serviço de Polícia da Cidade de Montreal (SPVM) se baseia em uma lei de 2019.
Canadá – Montreal (22/12/2022 12:11, Gaudium Press) Os policiais da cidade de Montreal foram proibidos de utilizar imagens de São Miguel Arcanjo, santo padroeiro da polícia canadense, e qualquer outro símbolo religioso durante o trabalho. A recente decisão do Serviço de Polícia da Cidade de Montreal (SPVM) se baseia em uma lei de 2019.
Segundo a mídia estatal CBC/Radio-Canada, os oficiais da SPVM receberam uma mensagem dos seus superiores determinando que deixassem de usar o escudo de São Miguel Arcanjo que muitos usam em suas fardas, com os dizeres “São Miguel protegei-nos”.
Lei do Estado laico
“Após a análise, foi determinado que o escudo de são Miguel que os oficiais da SPVM usam no uniforme é um sinal religioso na acepção da lei. Por conseguinte, pedimos desde já que retirem gentilmente dos seus uniformes qualquer escudo que simbolize ou faça referência a São Miguel Arcanjo, a fim de cumprir a lei”, diz o documento enviado aos militares.
A Lei em questão estabelece que o estado de Quebec, onde está localizado Montreal, é um estado laico. Conhecida como Lei 21, a decisão foi criticada por líderes políticos e religiosos, que a consideraram um ato de discriminação e uma afronta à liberdade religiosa. Entretanto, ela foi mantida em vigor pelo Tribunal Superior de Quebec.
Retirada de crucifixos
Como reflexo da decisão, no ano de 2019, a prefeitura de Montreal foi obrigada a retirar um crucifixo com mais de 80 anos das dependências municipais. O mesmo ocorreu com um crucifixo instalado no Salão Azul da Assembleia Nacional de Quebec.
Diante disso, o Arcebispo de Montreal, Dom Christian Lépine se manifestou recordando que o crucifixo representa as raízes cristãs do país e não precisa ser eliminado em uma sociedade pluralista. “Como um sinal venerado pelos cristãos, o crucifixo continua sendo um símbolo vivo. Simboliza abertura e o respeito a todos os povos, inclusive a outras comunidades de Fé e tradições religiosas, que aderem aos seus próprios sinais e símbolos”, afirmou o prelado. (EPC)
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