Perseguição aos cristãos aumenta em todo o mundo, aponta relatório
O documento, preparado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), examina a situação dos cristãos em 18 países.
Redação (22/10/2024 14:37, Gaudium Press) Na noite desta terça-feira, 22, será lançada a nova edição do relatório “Perseguidos mas não Esquecidos – 2022/2024”. O documento, preparado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), apresenta dados sobre a perseguição aos cristãos em todo o mundo.
Com análises globais e regionais, o relatório destaca que houve um aumento significativo em relação aos cristãos perseguidos na maioria dos países pesquisados. O estudo examina a situação dos cristãos em 18 países entre agosto de 2022 até junho de 2024.
Islã foi responsável pelo aumento da perseguição na África
De acordo com o documento, nos seis países africanos analisados, o principal responsável por esse aumento da perseguição aos cristãos foi o Islã, indicando que “o epicentro da violência militante islamista mudou do Oriente Médio para a África”.
Além disso, “a migração em massa de comunidades cristãs, desencadeada por ataques militantes islamistas, as desestabilizou e privou de direitos, levantando questões sobre a sobrevivência a longo prazo da Igreja em regiões cruciais”.
Outras nações que registraram um aumento na perseguição e opressão cristã são a China, a Índia e a Nigéria, o país mais populoso da África. A Nicarágua aparece em destaque diante da extrema opressão que castiga os católicos no país, incluindo detenção em massa de cristãos e expulsão de clérigos.
O documento destaca ainda o aumento nos ataques violentos contra cristãos no Paquistão, desencadeados por alegações de blasfêmia, e a detenção de mais de 850 pessoas sob leis anticonversão na Índia.
Estado teve forte participação na perseguição aos cristãos
“Regimes autoritários, incluindo os da China, Eritreia, Índia e Irã, aumentaram as medidas repressivas contra os cristãos, seja em nome do nacionalismo religioso ou do secularismo / comunismo estatal. As restrições incluem sentenças mais duras por supostos insultos contra a ideologia do Estado, confisco de locais de culto, aumento das prisões de clérigos e leigos, bem como períodos mais longos de detenção”, diz um trecho do relatório.
Dentre os temas recorrentes no documento estão o deslocamento de comunidades cristãs após ataques de grupos extremistas; o casamento forçado e a conversão de mulheres e meninas cristãs; o sequestro e intimidação de sacerdotes; e a publicação de livros escolares com conteúdo depreciativo sobre o Cristianismo. (EPC)
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