Papa sofre de uma “doença grave e degenerativa”?
Il Sismografo é um meio de comunicação especializado em notícias da Igreja, em várias línguas.
Redação (08/07/2021 12:21, Gaudium Press) Nestes dias, um jornalista do The New York Times citava um dito jocoso de Iacopo Scaramuzzi que, talvez hoje em dia, circule apenas dentro dos muros sagrados da ‘viale vaticanum’: “No Vaticano, há um dito de que o Papa está sempre bem até morrer, e até um pouco depois desse momento…”.
É claro que esse dito espirituoso refere-se à discrição com que a Santa Sé lida com os problemas de saúde do homem mais importante da Terra. Mas também é verdade que essa discrição, ou discrição excessiva, pode ser motor para os sensatos ou insensatos levantarem suspeitas, sugerirem realidades ocultas e até inventarem histórias fantásticas supostamente baseadas na realidade. Será sempre adequado pedir ao Bom Deus um reto critério para discernir a realidade da fantasia em tudo, e também nessa matéria.
Boletim oficial
Hoje, no boletim diário que é emitido pelo diretor da Sala de Imprensa, Matteo Bruni, sobre a saúde do convalescente Francisco, surgiu um novo dado, atraindo a atenção de muitos.
“Francisco teve um dia tranquilo, alimentando-se e movimentando-se de forma autônoma”. Informou também que o Papa havia enviado uma afetuosa saudação para algumas crianças que estão no Departamento de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil, vizinho ao local onde ele se encontra na Policlínica Gemelli; e que ele não se esquece daqueles que sofrem, especialmente os doentes, a quem expressa sua proximidade.
Contudo, pela primeira vez, um fato não ‘positivo’ foi acrescentado, segundo o relatório original em italiano: o Papa manifestou “um episódio febril”.
Após assinalar a febre do Pontífice, o comunicado da Sala de Imprensa divulgou que hoje pela manhã Francisco realizou exames de rotina, microbiologia e tomografia computadorizada de tórax, com “resultados negativos”.
É claro, se partes muito “positivas” permitiam as suspeitas de alguns, agora, mais ainda o episódio da febre que hoje foi referida oficialmente.
Il Sismografo
Essas suspeitas foram levantadas por um site bom conhecedor das realidades da Igreja, Il Sismografo, sob responsabilidade de Luis Badilla. Il Sismografo reproduz notas de diversas fontes dando notícias sobre a Igreja, e tem artigos de autoria de sua própria redação.
A nota intitulada “Papa Francisco não precisa de ‘cortigianeria’ na imprensa” é do próprio Il Sismografo. (“Cortigianeria“, termo derivado de “cortigiano” que significa cortesão.)
Il Sismografo prevê que Francisco “voltará ao Vaticano para retomar seu caminho nos passos de Pedro”, no entanto, o Papa “nunca mais será o mesmo”. Por quê? Porque há “um detalhe muito significativo que muitos nestas horas subestimam, ignoram ou manipulam: a enfermidade que atingiu o Papa Francisco é grave e degenerativa. Poderia também ser crônica”.
Para quem conhece o amplo e especializado mundo da mídia católica, fica claro que, nas declarações anteriores do Il Sismografo, está em jogo sua credibilidade. Por conseguinte, essa afirmação deve ser levada muito em conta.
Com o passar dos dias, os detalhes da intervenção que o Papa sofreu são mais conhecidos, e vão revelando que não tinha as características de uma cirurgia ambulatorial fácil: foi utilizada anestesia geral, durou mais de três horas, uma parte significativa do cólon foi extraída, e ontem o relatório oficial já falava de uma “grave estenose diverticular”.
Il Sismografo, como um bom católico, convoca todos a orar pelo Pontífice, pede para que o Papa não tenha que sofrer pressões da mídia, lembra que ele precisa da ajuda dos católicos e que deverá cuidar intensamente de sua saúde. Afirma também a forte possibilidade de novas visitas ao Gemelli, e chega a colocar em dúvida sua anunciada viagem à Hungria e Eslováquia, em setembro próximo.
Assim, só nos cabe rezar pelo Papa. (SCM)
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