Papa reconhece o martírio de 5 sacerdotes durante a Comuna de Paris
O Papa Francisco reconheceu o martírio de cinco sacerdotes franceses, durante a perseguição religiosa de 1871, a Comuna de Paris
Redação (25/11/2021 14:15, Gaudium Press) O Papa Francisco autorizou a promulgação de um decreto reconhecendo o martírio de 5 sacerdotes durante a Comuna de Paris.
A congregação responsável por emitir o documento é a Congregação para a Causa dos Santos. Os cinco sacerdotes martirizados em 1871 são: Henri Planchat, Ladislas Radigue, Polycarpe Tuffier, Frézal Tardieu, Marcellin Rouchouze.
O reconhecimento do Papa permite proximamente a beatificação dos sacerdotes. A beatificação é a última etapa antes da canonização de um santo.
Quem eram os mártires?
Pe. Henri Planchat (1823-1871) ingressou nos Irmãos de São Vicente de Paula e foi ordenado sacerdote em 1850. Passou um longo período de estudos na Itália. Foi enviado para Paris em 1863 para cuidar dos pobres, dos doentes e dos feridos de guerra. Em 1871, foi detido pelas autoridades da Comuna de Paris e morto no dia 26 de maio.
O Padre Ladislau Radigue (1823-1871) era membro da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento. Era superior da casa-mãe da congregação situada em Picpus, leste da capital francesa. Foi detido em abril de 1871 e fuzilado com os quatro outros sacerdotes.
Pe. Polycarpe Tuffier (1823-1871). Também era membro da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, onde foi ordenado em 1830. Durante muitos anos foi capelão em Paris e quando fuzilado era procurador da congregação.
O Pe. Marcellin Rouchouze (1810-1871) Outro membro da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria era professor de latim, matemática e filosofia. Foi enviado à Bélgica para ensinar nos colégios da congregação. Como estava em Paris durante a Comuna foi aprisionado e martirizado com os outros.
O quinto sacerdote, Pe. Frézal Tardieu também era membro da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Era professor de teologia e conselheiro geral da congregação.
A Comuna e o ódio à Religião
Conforme explicação da Congregação para a Causa dos Santos, a Comuna de Paris além de interesses sócio-políticos era profundamente adversa à religião. Os “comunas” consideravam a religião como “um obstáculo que devia ser eliminado”.
O ódio à fé, durante a Comuna de Paris, é evidente por causa das inúmeras destruições e pilhagens que ocorreram nos lugares de culto.
Portanto, a ódio à fé era a motivação dos assassinos, e “os mártires estavam conscientes do risco”, explicou a Congregação (FM)
Deixe seu comentário