Papa pede “Magnanimidade, Equidade, Previdência” na Abertura do Ano Judiciário
Convido os que são chamados a trabalhar pela causa da justiça –uma eminente virtude cardeal– a não temer perder tempo dedicando-o abundantemente à oração, diz o Papa.
Cidade do Vaticano (27/03/2021, 10:25, Gaudium Press) Na manhã deste sábado, 27 de março, o Papa Francisco inaugurou o 92º Ano Judiciário do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano. A cerimônia foi realizada na Sala das Bênçãos, no Vaticano.
Entre os presentes encontrava-se também o primeiro ministro italiano, Mario Draghi.
Um conselho aos juízes: não temer perder tempo dedicando-o abundantemente à oração
O Papa iniciou seu discurso fazendo um convite:
“Convido todos aqueles que são chamados a trabalhar pela causa da justiça – uma eminente virtude cardeal – a não temer perder tempo dedicando-o abundantemente à oração.
Na oração, e somente na oração, haurimos de Deus, de sua Palavra, aquela serenidade interior que nos permite cumprir nossas obrigações com magnanimidade, equidade e previdência. ”
Que as iniciativas aqui realizadas sejam inspiradas nos princípios fundadores da vida eclesial e nas “boas práticas” atuais
Francisco deixou claro em suas palavras que assumiu a intenção de reforçar as medidas legislativas que visam a “transparência” das instituições do Estado e da Santa Sé, em particular nas áreas económica e financeira:
“Exorto todos, para que as iniciativas recentemente lançadas e as que têm de ser realizadas para a absoluta transparência das atividades institucionais do Estado do Vaticano, especialmente no campo económico e financeiro, sejam sempre inspiradas nos princípios fundadores da vida eclesial e, ao mesmo tempo, levar em conta os parâmetros e ‘boas práticas’ atuais em nível internacional, e parecer exemplares, como é exigido de uma realidade como a Igreja Católica”.
Em seu pronunciamento, Francisco destacou as várias mudanças na legislação do Vaticano, promovidas nos últimos anos, desejando que as mesmas sejam acompanhadas por “reformas na esfera penal, sobretudo na luta e repressão dos crimes financeiros”.
O Pontífice afirmou que a Justiça do Vaticano tem que “acelerar a cooperação internacional entre órgãos de investigação e instituições similares noutros países”.
…tenham um comportamento “irrepreensível e exemplar”, próprio os que ocupam posições institucionais no Vaticano e na Santa Sé.
Segundo o Papa, “os resultados alcançados até o momento incentivam a continuação do trabalho empreendido, a fim de superar práticas que nem sempre respondem à necessidade de prontidão exigida pelas dinâmicas de investigação”.
Em seguida ele pediu um comportamento “irrepreensível e exemplar” dos que ocupam posições institucionais no Vaticano e na Santa Sé.
Em seu pronunciamento, Francisco ainda destacou que “Somos chamados a testemunhar, de forma concreta e credível, nos nossos respetivos papéis e tarefas, o imenso património de valores que caracteriza a missão da Igreja, sendo ela ‘sal e luz’ na sociedade e na comunidade internacional, sobretudo em momentos de crise como o atual”. (JSG)
(Foto Vatican Media)
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