Papa Francisco: Santo Estêvão foi uma testemunha da Caridade, um anúncio da Palavra e um oferecimento de perdão

Hoje, dia do protomártir, o Pontífice rezou o Angelus com os peregrinos na Praça de São Pedro.

Foto: Captura de tela Youtube Vatican Media

Redação (26/12/2022 18:02, Gaudium Press) Hoje, 26 de dezembro e festa do protomártir Santo Estêvão, é um dos dias em que o Papa reza o Angelus e aproveita para meditar com os peregrinos que vão à Praça de São Pedro. O Pontífice falou de “Caridade, Palavra e perdão”, chaves do testemunho cristão.

O Pontífice destacou que, nestes dias em que o mundo cristão celebra com alegria a vinda de Deus à Terra, a liturgia cristã propõe aos fiéis a consideração das testemunhas da fé que são os mártires.

“De fato, a palavra mártir significa testemunho: os mártires são testemunhas, isto é, irmãos e irmãs que, com a vida, nos mostram Jesus, que venceu o mal com a misericórdia. E mesmo em nossos dias os mártires são numerosos. Hoje rezamos por esses irmãos e irmãs perseguidos que dão testemunho de Cristo. Mas procuremos perguntar-nos: damos testemunho? E como podemos melhorar nisso? Podemos ser ajudados precisamente pela figura de Santo Estêvão”, disse o Pontífice.

Francisco explicou que Estêvão era um dos sete diáconos que a comunidade de Jerusalém havia consagrado para o serviço da caridade. “Isso significa – disse – que seu primeiro testemunho não foi dado com palavras, mas através do amor com que servia os mais necessitados”.

Mas Santo Estêvão também falava do Senhor com quem se encontrava. “Esta é a segunda dimensão do seu testemunho – indicou o Pontífice – acolher a Palavra e comunicar a sua beleza, contar como o encontro com Jesus muda a vida”.

Além disso, o protomártir “soube unir a caridade e o anúncio. Deixou-nos seu testemunho no momento da morte, quando seguindo o exemplo de Jesus, perdoou seus assassinos”.

Assim, nós podemos melhorar nosso testemunho de vida através da caridade para com os irmãos, da fidelidade à Palavra de Deus e do perdão. Caridade, Palavra e perdão. “É o perdão – ressaltou Francisco – que diz se realmente praticamos a caridade para com os outros e se vivemos a Palavra de Jesus”. “Peçamos ao Senhor esta graça: Senhor, que eu aprenda a perdoar. A força para rezar por quem nos feriu, para rezar pelas pessoas que me feriram e para dar passos de abertura e reconciliação”.

O Pontífice também pediu que, neste Natal, o Senhor nos dê a graça de sermos testemunhas de seu Filho que vem nos salvar. “Que Maria, Rainha dos mártires, nos ajude a crescer na caridade, no amor à Palavra e no perdão”.

Com informações do Vatican News