Papa Francisco convida religiosos a serem portadores de luz
O Santo Padre presidiu a celebração das Primeiras Vésperas da Festa da Apresentação do Senhor, dentro do contexto do 29º Dia Mundial da Vida Consagrada.
Cidade do Vaticano (03/02/2025 16:42, Gaudium Press) Na tarde do último sábado, 1º de fevereiro, o Papa Francisco presidiu a celebração das Primeiras Vésperas da Festa da Apresentação do Senhor, dentro do contexto do 29º Dia Mundial da Vida Consagrada.
Pobreza, castidade e obediência
Em sua homilia, dedicada aos consagrados, o Pontífice refletiu sobre a forma como os religiosos, “através dos votos de pobreza, castidade e obediência” podem “ser portadores de luz para as mulheres e homens do nosso tempo”.
“Exercendo a pobreza, a pessoa consagrada, pelo uso livre e generoso de todas as coisas, com estas faz-se portadora de bênção: manifesta a sua bondade na ordem do amor, rejeita tudo o que pode ofuscar a sua beleza: o egoísmo, a avareza, a dependência e abraça tudo o que a pode exaltar: a sobriedade, a generosidade, a partilha, a solidariedade”, afirmou o Papa.
Renúncia ao amor conjugal
Já na renúncia ao amor conjugal e no caminho da continência, os consagrados “reafirmam o primado absoluto, para o ser humano do amor de Deus, acolhido com um coração indiviso e esponsal”, destacou ressaltando que vivemos em um mundo marcado por formas distorcidas de afetividade.
Segundo o Santo Padre, “isto gera nas relações, atitudes de superficialidade e precariedade, egocentrismo”. Além disso, “a castidade consagrada mostra ao homem e à mulher do século XXI um caminho para curar o mal do isolamento, no exercício de um modo de amar livre e libertador, que acolhe e respeita todos e não obriga nem rejeita ninguém”.
Obediência consagrada: um antídoto contra o individualismo
Francisco ressaltou que em nossa sociedade costumamos falar muito e escutar pouco. “A obediência consagrada é um antídoto contra esse individualismo solitário, promovendo como alternativa um modelo de relação marcado pela escuta ativa, onde ao ‘dizer’ e ao ‘ouvir’ se segue a concretude do ‘agir’, mesmo que à custa de renunciar aos meus próprios gostos, planos e preferências”.
O Papa concluiu sua homilia falando sobre o retorno às origens, de que tanto se fala na vida consagrada e que para todos nós é “aquele retorno a Cristo e ao seu ‘sim’ ao Pai”. De acordo com o Pontífice, esta renovação “se faz diante do Sacrário, na Adoração, redescobrindo as próprias Fundadoras e Fundadores, sobretudo como mulheres e homens de Fé, e repetindo com eles, na oração e na oferta de si”. (EPC)
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