Papa Francisco comenta a Carta aos Gálatas em retomada das audiências gerais
Essa foi a terceira catequese do Pontífice dedicada ao tema. Nas catequeses anteriores, ele comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo discípulo na obra de evangelização na Galácia.
Redação (04/08/2021 17:08, Gaudium Press) Em sua primeira audiência após a pausa de verão, o Papa Francisco continuou a tratar sobre sobre a Carta aos Gálatas seguindo o tema “O Evangelho é um só”. Essa foi a terceira catequese do Pontífice dedicada ao tema. Nas catequeses anteriores, ele comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo discípulo na obra de evangelização na Galácia.
Um simples servo de Jesus Cristo escolhido para anunciar o Evangelho
Apresentando-se como um simples servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus, Paulo afirma que não pode fazer outra coisa senão dedicar-se com todas as suas forças a esta missão.
“Compreende-se a tristeza, a desilusão e até a amarga ironia do Apóstolo em relação aos Gálatas, que aos seus olhos tomam um caminho errado, que os levará a um ponto de não retorno. O eixo em torno do qual tudo gira é o Evangelho, que se exprime com quatro verbos: ‘Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressurgiu no terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas’”, comenta.
O Evangelho é um só
Francisco explica então que, diante de um dom tão grande, o Apóstolo não consegue explicar porque os Gálatas pensam em aceitar outro “evangelho”. Entretanto, eles ainda não abandonaram o Evangelho de Jesus e o Apóstolo sabe que ainda há tempo para salvá-los do erro. “O Evangelho é um só e é aquele que ele anunciou; não pode haver outro”, diz Paulo.
“Paulo não diz que o verdadeiro Evangelho é o seu, porque foi ele que o anunciou, não! Isto seria presunçoso, seria vanglória. Aliás, afirma que o ‘seu’ Evangelho, o mesmo que os outros Apóstolos anunciavam noutros lugares, é o único autêntico, porque é o de Jesus Cristo”, destaca o Papa.
O Evangelho pregado por mim não tem nada de humano
Em sua carta aos Gálatas, São Paulo assegura que “o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo (Gl 1, 11)”. Utilizando termos duros, conclui dizendo que “a Fé em Jesus não é uma mercadoria a negociar”.
O Pontífice conclui dizendo que o Apóstolo tinha consciência “de que a sua missão é de natureza divina e, por isso, é movido por um entusiasmo total pela novidade do Evangelho. A sua ansiedade pastoral leva-o a ser severo, porque vê o grande risco que os jovens cristãos enfrentam. A palavra clara e decisiva de Paulo foi saudável para os Gálatas e é salutar também para nós”. (EPC)
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