Papa falou sobre a Nicarágua e as relações com a China ao retornar do Cazaquistão
Francisco respondeu as muitas perguntas dos jornalistas ontem, em seu voo de volta a Roma.
Redação (16/09/2022 14:18, Gaudium Press) Diversos assuntos foram abordados pelo Papa Francisco com os jornalistas ontem, em seu voo de volta do Cazaquistão. Estando em um país do Oriente, e também por causa da situação atual, muitas das perguntas versaram sobre a guerra na Ucrânia e sobre a guerra em geral.
Quanto aos outros assuntos, e quando questionado sobre a eutanásia e a degradação moral do Ocidente, o Pontífice respondeu enfaticamente que “matar não é humano. Ponto.”
Sobre o processo enfrentado pelo cardeal Zen, perseguido pelo regime comunista chinês por sua defesa dos direitos humanos, Francisco disse que “não é fácil entender a mentalidade chinesa, mas deve ser respeitada. Eu sempre a respeito. E aqui no Vaticano há uma comissão de diálogo que está indo bem, presidida pelo Cardeal Parolin e ele é, neste momento, o homem que mais sabe sobre a China e o diálogo com os chineses. É um pouco lento, mas estão sempre sendo dados passos à frente. Chamar a China de democracia ou antidemocracia não me agrada, porque é um país muito complexo com ritmos próprios. Sim, é verdade que há coisas que nos parecem antidemocráticas. É verdade. O cardeal Zen vai a julgamento nestes dias, se não me engano. E ele diz o que sente. Parece que existem limitações. Mais do que qualificar, porque é difícil, não me agrada qualificar, são impressões. Procuro apoiar o caminho do diálogo. Com o diálogo muitas coisas se esclarecem”.
Aguarda o retorno das Irmãs de Madre Teresa
Sobre a situação da Igreja na Nicarágua, o Pontífice afirmou que “as notícias são claras: há diálogo. Houve conversa com o governo, há diálogo. Isso não quer dizer que se aprova tudo que o governo faz ou que se desaprova tudo, não. Há diálogo e é preciso resolver problemas. E neste momento há problemas. Pelo menos, espero que as Irmãs de Madre Teresa de Calcutá regressem. Porque essas mulheres são boas revolucionárias, mas do Evangelho. Eles não fazem guerra contra ninguém. Na verdade, todos nós precisamos dessas mulheres. É um gesto que não se compreende. Esperamos que elas voltem, e continue com o diálogo. Nunca, nunca pare de dialogar. Essas são as coisas que não se entendem, colocar um núncio na fronteira é coisa grave diplomaticamente. O núncio é uma boa pessoa que agora foi nomeado para outro lugar. Essas coisas são difíceis de entender até de engolir. Mas não é um caso único, na América Latina existem outros. De um lado ou de outro existem situações semelhantes”.
Com informações Acidigital.
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