Papa: dificuldades e sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal
Natal: festa da alegria porque “Jesus nasceu para nós”. Dificuldades e sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal, nada pode tirar a alegria do Natal.
Cidade do Vaticano (22/12/2020, 11:30, Gaudium Press) Para oferecer-lhes os cumprimentos e felicitações de Natal, o Papa Francisco recebeu, na segunda-feira, na Sala Paulo VI, os funcionários do Estado da Cidade do Vaticano e suas respectivas famílias. As primeiras palavras do Papa foram de agradecimento: “Agradeço a cada um de vocês pelo trabalho que desempenham com paixão a serviço da Cúria Romana e da Cidade do Vaticano”.
Agradecimento e certeza de que vamos seguir sempre em frente em nosso trabalho comum
Em seguida Francisco lembrou a atual crise que estamos vivendo por causa da Covid-19. Ele destacou que a pandemia causou não apenas uma situação crítica da saúde, mas também dificuldades econômicas para muitas famílias e instituições.
O Papa ressaltou que a Santa Sé também foi afetada e está fazendo todos os esforços para enfrentar esta situação precária da melhor maneira possível. E isto, disse Francisco, é uma questão de atender às necessidades legítimas de vocês, funcionários, e da Santa Sé: devemos ir ao encontro reciprocamente, e seguir em frente em nosso trabalho comum, sempre.
Natal: uma festa de alegria porque Jesus nasceu por nós
Após os cumprimentos iniciais, o Papa dirigiu algumas palavras aos que lá estavam presentes:
“O Natal é uma festa de alegria “porque Jesus nasceu para nós” e todos nós somos chamados a ir ao seu encontro. Os pastores nos dão o exemplo”, frisou o Papa para continuar: “Também nós devemos ir a Jesus: devemos sacudir-nos do nosso torpor, do tédio, da apatia, do desinteresse e do medo, especialmente neste momento de emergência sanitária, em que é difícil redescobrir o entusiasmo da vida e da fé. Imitando os pastores, somos chamados a assumir três atitudes:
redescobrir, contemplar e anunciar.
Redescobrir o nascimento do Filho de Deus como o maior evento da história
Segundo o Pontífice, “é importante redescobrir o nascimento do Filho de Deus como o maior evento da história. É o evento previsto pelos profetas séculos antes de acontecer. Vinte séculos se passaram e Jesus está mais vivo do que nunca. Sem Ele o homem se precipita no mal: no pecado, no vício, no egoísmo, na violência e no ódio. O Verbo se fez carne e habitou entre nós: este é o evento que devemos redescobrir”.
O exemplo mais bonito de contemplação quem nos dá é a Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima
“A segunda atitude é a de contemplação”, ou seja, meditar, contemplar e rezar, diz Francisco: “O exemplo mais bonito nos é dado pela mãe de Jesus, por Maria: ela conservava no coração, meditava.
“E, meditando o que descobrimos? Descobrimos que Deus manifesta sua bondade no Menino Jesus”.
“No Menino Jesus, Deus se mostra amável, cheio de bondade, de mansidão. Deus manifesta sua bondade para nos salvar. Este é o grande significado do Natal: Deus se faz homem para que possamos nos tornar filhos de Deus. Deus nos salva através do batismo.”
Anunciar imitando os pastores de Belém que voltaram para casa glorificando e louvando o Senhor
“A terceira atitude é anunciar”, disse ainda o Papa. “Como devemos fazer?” E Francisco convidou a olhar novamente para os pastores: “Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido dito”. “Eles voltaram à sua vida cotidiana. Também nós devemos voltar à nossa vida cotidiana: o Natal passa”, e acrescentou:
Devemos voltar à vida familiar, ao trabalho, transformados, devemos voltar glorificando e louvando a Deus por tudo o que ouvimos e vimos. Devemos levar a boa nova ao mundo: Jesus é o nosso salvador.
“As dificuldades e os sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal, que desperta uma alegria íntima que nada e ninguém pode tirar de nós”, concluiu Francisco. (JSG)
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