Papa: “a maior graça que se pode ter é fazer da vida um dom”

Com frequência vamos até o Senhor para pedir ajuda. Mas Deus vê mais longe e nos convida a ir além: buscar não só os seus dons, mas Ele, o Senhor de todos os dons.

Cidade do Vaticano (29/06/2020 14:19, Gaudium Press) Hoje, 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, santos também padroeiros de Roma, o Papa Francisco celebrou Missa na Basílica Vaticana.
Após presidir a celebração, o Papa foi até a janela do Palácio Apostólico para recitar o Angelus.

E, como costumeiramente acontece, antes de recitar essa oração mariana com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, Francisco fez para os presentes algumas reflexões.

A São Pedro, o Senhor o libertou do mal: Ele faz assim também conosco

O Pontífice comentou o episódio da vida de São Pedro quando um anjo o libertou da prisão, salvando-o da morte e que, porém, em Roma isso não ocorreu: a vida do primeiro Papa não foi poupada e ele foi martirizado.

Sobre o fato Francisco disse que –como a São Pedro– Deus concede também a nós muitas graças,  e comentou:
“O Senhor lhe concedeu muitas graças e o libertou do mal: faz assim também conosco. Ou melhor, com frequência vamos até Ele só nos momentos de necessidade, a pedir ajuda. Mas Deus vê mais longe e nos convida a ir além, a buscar não só os seus dons, mas Ele, o Senhor de todos os dons; a confiar-lhe não só os problemas, mas a vida.”

Fazer da vida um dom: eis a maior graça

O Pontífice comentou que a maior graça para os católicos é doar a vida, é fazer da vida um dom.
Para Francisco, isso vale para todos, na família, no trabalho e para quem é consagrado.

São Pedro não se tornou herói por ter sido libertado da prisão, mas por ter dado a vida aqui, transformando um lugar de execuções num lugar de esperança, que é a Basílica Vaticana.

“Eis o que pedir a Deus: não só a graça do momento, mas a graça da vida”, disse o Papa.

Qual é o segredo para se ter uma vida feliz?

O segredo para se ter vida feliz é reconhecer Jesus como Deus vivo, “não como uma estátua”, porque não importa saber que Jesus foi grande na história e apreciar o que fez, mas importa saber qual lugar dou a Ele na minha vida, no meu coração.

É a este ponto que Jesus diz a Simão: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Foi chamado pedra não porque era confiável, pelo contrário, explicou Francisco, mas porque escolheu construir a vida sobre Jesus, não sobre suas capacidades.

“É Jesus a rocha sobre a qual Simão se tornou pedra.”

Perguntas sobre minha vida depois das reflexões

O Papa concluiu com  perguntas aos fiéis e um pedido:

“E eu, como vivo a vida? Penso só nas necessidades do momento ou acredito que a minha verdadeira necessidade é Jesus, que faz de mim um dom?
E como construo a vida, sobre as minhas capacidades ou sobre o Deus vivo?
Que Nossa Senhora nos ajude a colocá-Lo na base de cada dia e interceda para que possamos fazer da nossa vida um dom.” (JSG)