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Padre Jean Derobert baleado na Argélia volta à vida por intercessão do Padre Pio

Em meio ao horror da guerra, um sacerdote francês testemunhou o que poucos podem contar: a paz do céu e o inesperado retorno à vida.

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Redação (22/07/2025 09:48, Gaudium Press) São Pio de Pietrelcina, conhecido como Padre Pio, é um dos santos mais amados do século XX. Sua vida, cheia de dores físicas, foi sempre marcada pela oração constante, sendo um exemplo de dedicação heroica ao ministério sacerdotal. Padre Pio é uma referência espiritual em uma época em que muitos perderam a fé. Por meio de seus estigmas, seu dom de ler almas e os inúmeros milagres atribuídos à sua intercessão, Deus nos lembra que o céu está próximo e que os santos continuam a caminhar conosco.

Um dos testemunhos mais extraordinários relacionados a esse santo capuchinho é o do padre francês Jean Derobert, que, no meio da guerra da Argélia, foi baleado e voltou à vida. O que ele conta sobre o que viu naquele momento fora do corpo e o que aconteceu depois falam da glória da vida após a morte e do poder da intercessão do Padre Pio.

O testemunho do sacerdote Jean Derobert

Publicado por Patrick Theillier, médico do Santuário de Lourdes.

Caro Padre:

O senhor me pediu um resumo por escrito da proteção evidente que recebi em agosto de 1958, durante a guerra da Argélia.

“Naquela época, eu fazia parte dos serviços de saúde do exército. Eu havia notado que, em momentos importantes de minha vida, o Padre Pio, que desde 1955 me considerava seu filho espiritual, enviava-me uma carta na qual me prometia suas orações e seu apoio. Ele fez isso antes de meu exame na Universidade Gregoriana, em Roma, e o fez novamente quando tive de me juntar aos combatentes na Argélia.

“Uma noite, um comando da FLN (Front de Libération Nationale Algérienne) atacou nossa aldeia. Eu também fui pego. Colocado na frente de uma porta junto com outros cinco soldados, nós fomos baleados […]. Naquela manhã havia recebido um bilhete do Padre Pio com os dizeres “A vida é uma luta, mas conduz à luz” (sublinhado duas ou três vezes).

Imediatamente o Pe. Jean experimentou a saída do corpo. “Vi o meu corpo ao meu lado, deitado e sangrando, entre os meus camaradas assassinados. Comecei uma curiosa subida para uma espécie de túnel. Da nuvem que me rodeava distingui rostos conhecidos e desconhecidos. No início, esses rostos eram sombrios: eram pessoas de má reputação, pecadores, não muito virtuosos. À medida que subia, os rostos que encontrava iam ficando mais brilhantes”.

“De repente meu pensamento voltou-se para meus pais. Encontrei-me ao lado deles em minha casa, em Annecy, no quarto deles, e vi que eles estavam dormindo. Tentei falar com eles, mas sem sucesso. Eu vi o apartamento e notei que um móvel havia sido movido. Muitos dias depois, escrevendo para minha mãe, perguntei por que ela havia mudado aquele móvel. Ela respondeu: “Como você sabe?” Então eu pensei sobre o Papa, Pio XII, que eu conhecia quando era estudante em Roma, e imediatamente me vi em seu quarto. Ele tinha acabado de ir para a cama. Comunicamos trocando pensamentos”.

De repente, Don Jean se encontra em uma paisagem maravilhosa, invadida por uma luz azul e doce. Eram milhares de pessoas, todas em torno dos trinta anos. “Conheci alguém que conhecia em vida (…) saí deste “paraíso “cheio de flores extraordinárias e desconhecidas na terra, e subi ainda mais alto … Lá perdi a minha natureza de homem e me tornei “Gota de luz”. Já vi muitas outras “gotas de luz” e sabia que eram São Pedro, São Paulo, ou São João, ou outro apóstolo, ou tal santo”.

“Então eu vi Maria, maravilhosamente bela no seu manto de luz, que me recebeu com um sorriso indizível… Atrás d’Ela estava Jesus, maravilhosamente belo, e atrás d’Ele, uma zona de luz que eu sabia ser o Pai, e na qual mergulhei…”

“Então senti a satisfação total de todos os meus desejos… Conheci a felicidade perfeita… E, de repente, encontrei-me na terra, com o rosto no pó, entre os corpos ensanguentados dos meus camaradas. Minhas roupas estavam perfuradas por balas, cobertas de sangue, mas meu corpo estava intacto”.

Quando o comandante viu isso, exclamou: “Milagre!

Tempo depois, em visita ao seu pai espiritual, Jean ouviu-o exclamar: “Olha, o que me fizeste passar!… Mas o que viste foi muito bonito!” Estava vivo graças ao Pe. Pio, e além disso, perdera o medo da morte porque sabia o que o aguardava “do outro lado”.

Um céu aberto para aqueles que acreditam

Jean Derobert morreu em 2013, e seu testemunho foi incorporado ao processo de canonização de São Pio de Pietrelcina, canonizado em 2002 pelo Papa João Paulo II. Milhões de pessoas continuam a se aproximar dele com devoção hoje, buscando sua poderosa intercessão.

Sua vida é um convite a acreditar, a não ter medo do sofrimento e a confiar que o céu é real, que a vida não termina com a morte e que os santos caminham ao nosso lado. Pois, como ele mesmo disse: “Agora vocês podem entender por que não tenho medo da morte… Porque sei o que está do outro lado.

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