Onde está Deus nesta pandemia de coronavírus?
Nossa Fé nos ensina que Deus não causa o mal, mas o permite, sempre com a intenção de obter algo de bom com isso.
Estados Unidos – Washington (Segunda-feira, 30-03-2020, Gaudium Press) “Onde está Deus nesta pandemia de coronavírus?”, este foi o tema do mais recente artigo do presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Dom José Gomez.
No artigo, intitulado “Amor em um tempo sem abraços”, o Arcebispo de Los Angeles recordou que “a Igreja nasceu numa época em que as epidemias eram comuns”, no entanto, “nossa Fé nos ensina que Deus não causa o mal, mas o permite, sempre com a intenção de obter algo de bom com isso”.
“Os caminhos de Deus sempre podem permanecer misteriosos para nós, mas podemos confiar em seu amor por sua criação e em seu amor por cada um de nós. Sabemos que o seu amor é verdadeiro porque vimos o coração de Jesus Cristo”, esclareceu.
Onde está Deus?
Em seguida, o prelado ressaltou que, em meio a atual pandemia de coronavírus, uma das perguntas que ele mais ouve é ‘Onde está Deus? Quais são os seus desígnios neste momento de coronavírus?’. Refletindo sobre isso, ele explicou que a resposta está nos Santos que sempre disseram que “onde há amor, lá está Deus”.
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“Os primeiros cristãos amaram em uma época de pragas e epidemias. Cuidaram dos doentes, enterraram os mortos e consolaram os aflitos, às vezes com grande sacrifício e risco para as suas próprias vidas”, enfatizou Dom Gomez.
Os Santos e os enfermos
O Arcebispo também destacou que alguns dos maiores santos da Igreja Católica estiveram a serviço dos enfermos, dentre eles estão “São Damião e Santa Marianne Cope, que cuidavam dos leprosos em Molokai, e Santa Madre Teresa, cuidando dos doentes e moribundos de Calcutá”.
“Há Santos que estão sendo forjados nesta crise atual. Nunca saberemos seus nomes ou suas histórias, mas nos lembraremos destes dias como um tempo no qual homens e mulheres realizaram atos de coragem e de amor por seu próximo”, garantiu.
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Dom Gomez continuou ainda afirmando que “também estão sendo forjados santos entre as mães e pais que mantêm a esperança em Deus viva para seus filhos em um tempo no qual é preciso ‘se refugiar em casa’”.
Finalizando seu artigo, o Arcebispo concluiu que “mesmo em um momento no qual não podemos abraçar nossos entes queridos, ainda podemos amar. E devemos amar. Podemos amar, mesmo com a distância social, mesmo através de telefonemas e de plataformas de redes sociais. Podemos rezar uns pelos outros, podemos oferecer sacrifícios, podemos escutar com compreensão”. (EPC)
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