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O Senhor para sempre é fiel

A liturgia deste 23 º Domingo do Tempo Comum nos aponta duas promessas: a primeira realizada com a vinda do Messias; e a segunda, preconizada por sua Mãe Santíssima em Fátima.

Jesus cura doentes

Redação (05/09/2021 09:53, Gaudium Press) A primeira leitura da liturgia deste domingo recolhe as palavras do profeta Isaías, dirigidas ao povo eleito, encorajando-os e reavivando-os na esperança do Libertador que vinha:

“Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar” (Is 35, 4).

A seguir, ainda os consola, assegurando que a vinda do Messias seria seguida de milagres portentosos: dando a visão aos cegos, descerrando os ouvidos dos surdos, curando os coxos e desatando a língua dos mudos (cf. Is 35, 5-7). Todavia, há milênios vinha sendo anunciado o advento do Salvador, sem que, entretanto, estas profecias se concretizassem. Mas Deus sempre cumpre com seus juramentos, pois como diz o salmo responsorial: “O Senhor para sempre é fiel” (Sl 145-146).

Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Divino Filho à terra, a fim de salvar a humanidade de seus pecados.  Veio trazendo a realização destas promessas, como lê-se no Evangelho de hoje, quando Nosso Senhor cura o surdo-mudo, tocando em seus ouvidos e em sua língua (Mc 7, 31-37).

Contudo, daqueles que foram beneficiados, seja presenciando ou sendo objeto destes milagres, nenhum deles se apresentou no alto do Calvário para defender o Divino Mestre que padecia os terríveis tormentos da cruz. Nenhum fora capaz de ser grato ao Bom Pastor, quando as circunstâncias exigiam um revide de indignação e de ataque aos inimigos que puniam-No com os atrozes sofrimentos físicos e morais.

Por quê? Porque os olhos e os ouvidos de suas almas estavam fechados à ação de Deus.

As profecias de Fátima

Presentemente, mais do que nunca, a humanidade presencia um panorama de caos, de desastres e de horrores, como os acontecimentos vêm se evidenciando. A perda da fé e a distância de toda virtude demonstram ser esta uma sociedade cega e surda às manifestações de Deus, que não impede estes desastres climáticos e sociais, como um sinal de alerta ao mundo, por trilhar em vias errôneas.

Haveria, então, uma promessa que, à semelhança do Antigo Testamento, Deus assegure realizar nestes tempos?

Sim! Deus dignou revelar-se, não apenas através dos santos, mas por meio de sua Mãe Santíssima, que profetizou em Fátima: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. […] Se cumprirem o que lhes digo, se salvarão muitas almas e terão a paz. [Caso contrário] Quando virdes uma noite iluminada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal de que Deus irá castigar o mundo por seus crimes. […] Várias nações serão aniquiladas.[1]

“O Senhor para sempre é fiel”, diz o salmo; Ele cumprirá com suas promessas, também em nossos dias. Resta-nos abrirmos os nossos olhos e nossos ouvidos ao verdadeiro caminho de Nosso Senhor, pela intercessão de sua Mãe, Maria Santíssima, a fim de participarmos do grande dia, em que por fim, o seu “Imaculado Coração triunfará”[2].

Por Guilherme Motta


[1] KONDOR, Luis. Memorias de la hermana Lucía. ed. 10. Fátima: Almondina, 2008, v. I, p. 208.

[2] Ibid.

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