O sacramento da confissão é “vital para a salvação da humanidade”
Quase 900 sacerdotes e seminaristas próximos à ordenação de todo o mundo, participam essa semana do XXXI Curso sobre o foro interno organizado pela Penitenciaria Apostólica.
Cidade do Vaticano (11/03/2021 14:13, Gaudium Press) Na última segunda-feira, 08 de março, foi iniciado, de forma online, o XXXI Curso sobre o foro interno organizado pela Penitenciaria Apostólica. A conclusão do curso está prevista para esta sexta-feira, 12 de março, quando o Papa Francisco receberá os participantes em audiência.
O objetivo do curso, que conta com a participação de quase 900 sacerdotes e seminaristas próximos à ordenação de todo o mundo, é o de oferecer uma formação cada vez mais precisa aos confessores de hoje e de amanhã para que o Sacramento da Penitência seja sempre reconhecido em sua “relativa centralidade”.
O objetivo do Curso não é formar “técnicos do sagrado”, mas ministros de Deus
Durante a abertura do curso, o penitencieiro-mor, Cardeal Mauro Piacenza, ressaltou que o sacramento da confissão é “vital para a salvação da humanidade” e necessário “para uma recepção lícita da Santa Eucaristia”.
Segundo Dom Krzysztof Nykiel, regente da Penitenciaria Apostólica, “o objetivo do Curso não é formar “técnicos do sagrado”, sacerdotes voltados para si mesmos em seu formalismo jurídico e teológico, mas ministros de Deus através dos quais aqueles que se aproximam do confessionário podem verdadeiramente tocar a grandeza da misericórdia divina e sair serenos e ainda mais confiantes na misericórdia de Deus”.
Dom Krzysztof destacou ainda o fundamental papel do Sacramento da Reconciliação em “encorajar e apoiar o chamado pessoal de cada cristão para a santidade. O Papa Francisco repete insistentemente que Deus nunca se cansa de nos perdoar! A absolvição dada pelo sacerdote nos permite nos levantar, nos oferece o perdão de Deus e a possibilidade de recomeçar sempre”.
O sacramento da confissão é importante para a santidade dos próprios confessores
Em seguida recordou que este sacramento também é importante no caminho da santidade dos próprios confessores. “Pensemos apenas em três figuras extraordinárias, como o Santo Cura d’Ars, São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo Mandic, que se santificaram também e sobretudo ouvindo confissões e que são um exemplo para nós”.
Utilizando as palavras pronunciadas pelo penitencieiro-mor, Cardeal Mauro Piacenza, na abertura do curso, o regente da Penitenciaria Apostólica assegurou que “um sacerdote assíduo no confessionário, que vive sobre si a experiência do perdão sacramental e depois dedica tempo e esforço para acolher os penitentes, não pode deixar de ser ele mesmo “um instrumento de santificação santificado, um instrumento de perdão perdoado, um filho perdoado e portanto um pai misericordioso”.
A inviolabilidade do sigilo sacramental
Tratando sobre a inviolabilidade do sigilo sacramental, o prelado destacou que, apesar dos numerosos ataques e questionamentos feitos em vários países, “é fundamental que os sacerdotes junto com todos os fiéis estejam bem conscientes da indissolubilidade do sigilo sacramental, ou seja, daquele segredo especial que cobre o conteúdo da confissão por respeito à santidade do sacramento e por justiça e caridade para com o penitente”.
E concluiu dizendo que “a defesa do sigilo sacramental e a santidade da Confissão representam o único verdadeiro antídoto para o mal”. (EPC)
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