O presente que o Menino Jesus espera receber
Quantos são os que se recordam de presentear o verdadeiro “aniversariante”?
Redação (19/12/2021 14:45, Gaudium Press) Ao nos aproximarmos do Natal, pouco a pouco a alegria própria a tão estimada data começa a se fazer sentir. As ruas enchem-se de enfeites, as árvores de Natal se multiplicam por todos os cantos, os presépios começam a ornar piedosamente os ambientes católicos e é comum as crianças começarem a pedir seus presentes de Natal. No entanto, quantos são os que se recordam de presentear o verdadeiro “aniversariante”?
Contudo, nos encontramos em uma situação delicada, pois o “aniversariante” é o próprio Deus. E o presente mais agradável a Ele não são os enfeites, as árvores de Natal ou os presépios, mas é a nossa alma!
E é para prepará-la que a Santa Igreja reserva quatro semanas antes do Natal, que são marcadas pela ascese e pela preocupação constante de uma conversão.
“Alegrai-vos”, mas… como?
Santo Agostinho nos diz que “todos querem ser felizes, e nem todos desejam viver do único modo como se pode ser feliz”. Se há só um modo de ser feliz, então todas as outras felicidades não são a verdadeira felicidade que se encontra em orientar a nossa existência para Deus, Bem Supremo e fim último do homem.
Aqueles que se deixam ludibriar pelo mundo e trilham vias paralelas ao verdadeiro e único caminho nunca serão felizes, pelo simples fato de seguirem um itinerário que não conduz a Deus.
A razão pela qual nos devemos alegrar é o nascimento de Jesus, e temos de fundamentar esse contentamento no cumprimento da Lei de Deus, no desejo contínuo de uma transformação interior e em gestos concretos, próprios a cada um.
Conversão e Confiança
Nós temos que renunciar aos nossos pecados e sempre perguntarmos a Deus: “Senhor, que quereis que eu faça?” É certo que Ele nos responderá, às vezes, por uma simples voz interior.
E lembremo-nos da Confiança, esta virtude indispensável. Quantas vezes nos esforçamos na prática da virtude, mas, ao cabo de um tempo, nos vemos prostrados pelas nossas misérias e contemplamos com tristeza a gravidade de nossas faltas!
Mas quanta alegria nos pervade a alma ao considerarmos que “o Senhor está próximo” (Fl 4, 5) e virá para curar nossos pecados! Nestes momentos, não podemos nos deixar abater, mas, pelo contrário, consagremo-nos com mais ímpeto ao caminho da virtude.
Sem sombra de dúvida, o presente que o Menino Jesus espera receber em seu aniversário é um coração alegre, confiante e inteiramente transformado por um sincero desejo de conversão e de abandono em suas mãos.
Ousaremos recusar-lhe este presente?
Que Deus não o permita!
Por Lucas Rezende
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