“O amor muda a história”, assegura Papa Francisco em Missa de Natal
O Santo Padre presidiu a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Cidade do Vaticano (26/12/2023 16:36, Gaudium Press) Na noite do último domingo, 24 de dezembro, Solenidade do Natal do Senhor, o Papa Francisco presidiu a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Contraste entre o imperador e o Menino Jesus
Em sua homilia, o Santo Padre recordou do contexto no qual Jesus nasceu. Na ocasião, segundo o relato bíblico de São Lucas, o imperador havia convocado um recenseamento de toda a terra.
O contraste é claro, “enquanto o imperador conta os habitantes do mundo, Deus entra nele quase às escondidas; enquanto quem manda procura colocar-se entre os grandes da história, o Rei da história escolhe o caminho da pequenez”.
A maravilha do Natal está no mistério da encarnação
Em seguida, o Pontífice alertou para o “risco de se viver o Natal tendo na cabeça uma ideia pagã de Deus, como se fosse um patrão poderoso que está no céu; um deus que se alia com o poder, o sucesso mundano e a idolatria do consumismo”
Segundo ele, a maravilha do Natal não é uma “mistura de sentimentos adocicados e confortos mundanos, mas a inaudita ternura de Deus que salva o mundo encarnando-se. Fixemos o Menino, olhemos para a sua manjedoura, para o presépio, que os anjos chamam ‘o sinal’”.
Deus olha para nós, mas quem olha para Deus?
Francisco convidou os fiéis para que abracem a ternura do Deus Menino, confiando-lhe seus cansaços. “Ele, que se fez carne, espera o teu coração aberto e confiado. E n’Ele descobrirás quem és: um filho amado de Deus. Agora podes acreditar nisto, porque, nesta noite, o Senhor nasceu para iluminar a tua vida, e os olhos d’Ele cintilam de amor por ti”.
O Papa assegurou ainda que Nosso Senhor Jesus Cristo olha para os nossos rostos, “contudo quem é que olha para Ele, por entre as inúmeras coisas e as corridas loucas de um mundo sempre agitado e indiferente?”.
A adoração não é perda de tempo
“Redescubramos a adoração, porque adorar não é perder tempo, mas permitir a Deus que habite o nosso tempo; é fazer florescer em nós a semente da encarnação, é colaborar na obra do Senhor, que, como o fermento, muda o mundo; é interceder, reparar, consentir a Deus que endireite a história”, ressaltou.
Concluindo sua homilia, Francisco afirmou que “o amor muda a história” e pediu para Deus “que acreditemos no poder do vosso amor, tão diverso do poder do mundo. Fazei que, à semelhança de Maria, José, os pastores e os magos, nos estreitemos ao vosso redor para Vos adorar. Feitos por Vós mais semelhantes a Vós, poderemos testemunhar ao mundo a beleza do vosso rosto”. (EPC)
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