China – Pequim (Segunda-feira, 30-12-2019, Gaudium PressRelatos de uma intensa atividade anticatólica oficialista no segundo semestre de 2019 na China foram publicados pela revista ‘Bitter Winter’. Segundo a publicação especializada, pelo menos 60 lugares de culto católicos foram fechados na Arquidiocese de Fuzhou, enquanto que templos e ermitas em outras regiões foram demolidos em uma campanha que recorda a perseguição religiosa de meados do século XX.

Pelo menos 60 lugares de culto católicos foram fechados na Arquidiocese de Fuzhou, enquanto que templos e ermitas em outras regiões foram demolidos em uma campanha que recorda a perseguição religiosa de meados do século XX.
Pelo menos 60 lugares de culto católicos foram fechados na Arquidiocese de Fuzhou.

“Não podemos fazer nada à respeito. Xi Jinping está seguindo os passos de Mao Zedong, é como a Revolução Cultural”, lamentou um sacerdote da província de Henan após a demolição de um altar mariano no alto de uma montanha. Esta demolição colocou um ponto final a uma prolongada luta das autoridades contra um centro de peregrinações que passou pela demolição de um templo, a proibição de grupos de mais de 300 pessoas no lugar e as ameaças do emprego de explosivos para arrasar o lugar. No dia 1º de novembro, os fiéis tiveram que conformar-se com se reunir para orar aos pés da colina ao não poder avançar ao lugar onde se levantava o último monumento à Mãe de Deus.

Na Arquidiocese de Fuzhou, os sacerdotes da cidade de Fuqing são vítimas de um forte assédio por sua negativa ao registrar-se como membros da oficialista Associação Patriótica. No mês de novembro, autoridades reportaram ao Seminário de Chengtu que era considerado como uma “organização ilegal”, motivo pelo qual se suspendeu o serviço de água e eletricidade, expulsaram todos os seus membros e instalaram uma câmera de vigilância para certificar-se de que não retornariam para habitar o Seminário.

O dia 2 de novembro, um lugar de culto católico teve o mesmo destino no subdistrito de Honglu, seguido por um templo católico em Beilin. Também foi fechado outro lugar de culto em Chengtu e um templo católico em Longtian foi fechado com uma particular advertência das autoridades. Os oficiais locais informaram aos fiéis que os cidadãos chineses não tinham permitido “crer na religião do Vaticano” devido ao fato de que não teriam recebido essa liberdade por parte do governo. Após essa informação, se advertiu que os fiéis que insistissem em reunir-se seriam presos.

Os fatos se repetem em outras locações e os sacerdotes são pressionados para assistir a sessões de doutrinamento e unir-se à oficialista Associação Patriótica, sob ameaça de serem classificados como líderes de uma organização heterodoxa. “O partido comunista é ateu. Está qualificado para liderar os católicos?”, questionou um sacerdote local que decidiu continuar servindo de maneira clandestina, segundo reportou ‘Bitter Winter’. “É como lutar em uma guerra de guerrilhas com o Partido Comunista”. (EPC)

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