“Nossa Senhora impele cada um de nós à confiança”, assegura Leão XIV
O Pontífice presidiu, na manhã desta sexta-feira, 15 de agosto, Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, uma Santa Missa na Paróquia São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo.
Castel Gandolfo – Itália (15/08/2025 09:43, Gaudium Press) Na manhã desta sexta-feira, 15 de agosto, Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, o Papa Leão XIV presidiu uma Santa Missa na Paróquia São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, onde cumpre a segunda etapa do seu período de descanso.
Em sua homilia, o Pontífice destacou que “em Maria de Nazaré está a nossa história, está a história da Igreja imersa na humanidade comum. Tendo encarnado nela, o Deus da vida e da liberdade venceu a morte. Sim, hoje contemplamos como Deus vence a morte, sem nunca prescindir de nós”.
O ‘sim’ de Nossa Senhora continua vivo
O Santo Padre afirmou ainda que o “sim” de Nossa Senhora, unido ao de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz, continua vivo “nos mártires do nosso tempo, nas testemunhas da Fé e da justiça, da mansidão e da paz”. Em seguida, exortou os fiéis para que escolham “como e para quem viver”.
Refletindo sobre o Evangelho da Visitação, Leão XIV sublinhou que no encontro de Maria com Isabel “a surpreendente fecundidade da estéril Isabel confirmou Maria na sua confiança: antecipou a fecundidade do seu ‘sim’, que se prolonga na fecundidade da Igreja e de toda a humanidade, quando a Palavra renovadora de Deus é acolhida”.
Nada é impossível para Deus
O Papa explicou que o cântico do Magnificat da Mãe de Deus fortalece a esperança dos humildes e famintos, recordando que “parecem impossíveis as promessas de Deus, mas quando nascem os vínculos com os quais opomos o bem ao mal, a vida à morte, então vemos que ‘nada é impossível a Deus’ (Lc 1, 37)”.
Leão XIV também fez um alerta contra a Fé que ‘envelhece’ nas comunidades dominadas pelo bem-estar material e pela acomodação e garantiu que a Igreja “rejuvenesce graças ao Magnificat” dos pobres, perseguidos e construtores da paz. “Muitos deles são mulheres, como a idosa Isabel e a jovem Maria: mulheres pascais, apóstolas da Ressurreição”.
Não tenhamos medo de escolher a vida
Por fim, o Santo Padre fez um convite aos fiéis para que vejam na Assunção de Nossa Senhora um sinal do destino que Deus deseja para todos. “Ela é-nos dada como sinal de que a Ressurreição de Jesus não foi um evento isolado, uma exceção. Maria é aquele entrelaçamento de graça e liberdade que impele cada um de nós à confiança, à coragem, ao envolvimento na vida de um povo”.
“Não tenhamos medo de escolher a vida! Pode parecer perigoso, imprudente. Quantas vozes estão sempre lá a sussurrar-nos: ‘Quem te obriga a fazer isso? Pensa nos teus interesses’. São vozes de morte. Em contrapartida, nós somos discípulos de Cristo. É o seu amor que nos impele, corpo e alma, no nosso tempo. Como indivíduos e como Igreja, já não vivemos para nós mesmos. É precisamente isto – e só isto – que difunde a vida e a faz prevalecer. A nossa vitória sobre a morte começa precisamente agora”, concluiu. (EPC)
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