“Nossa Senhora é a Catedral de Deus”, assegurou Papa Francisco
“Com seu silêncio e sua humildade, Maria se tornou a primeira catedral de Deus, o lugar onde Ele e o homem podem se encontrar”, afirmou o Pontífice.
Cidade do Vaticano (02/01/2024 12:54, Gaudium Press) Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro no primeiro dia do ano, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, o Papa Francisco recitou a tradicional oração mariana do Angelus, confiando “o novo tempo que nos foi dado” à proteção de Nossa Senhora.
Na ocasião, o Santo Padre refletiu sobre o silêncio de Nossa Senhora. “Não se trata de uma simples ausência de palavras, mas de um silêncio cheio de admiração e de adoração pelas maravilhas que Deus está realizando. ‘Maria guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração’ (Lc 2,19). Dessa forma, ela abre espaço dentro de si para Aquele que nasceu; em silêncio e adoração, ela coloca Jesus no centro e dá testemunho d’Ele como Salvador”, destacou.
Virgem, catedral do silêncio
Segundo o Pontífice, Nossa Senhora é a Mãe de Jesus não apenas por tê-lo carregado em seu ventre e ter lhe dado à luz, mas também “porque o traz à luz, sem ocupar seu lugar. Ela permanecerá em silêncio também sob a cruz, na hora mais sombria, e continuará a abrir espaço para Ele e a gerá-Lo para nós”.
Em seguida, Francisco recordou uma bela imagem apresentada por um religioso e poeta do século XX: ‘Virgem, catedral do silêncio’. Concordando com a definição, o Papa afirmou que “com seu silêncio e sua humildade, Maria se tornou a primeira catedral de Deus, o lugar onde Ele e o homem podem se encontrar”.
O amor nunca sufoca
Por fim, o Santo Padre dedicou suas palavras às mães que “com seu cuidado escondido, com seu carinho, muitas vezes são magníficas catedrais do silêncio. Elas nos trazem ao mundo e continuam a nos seguir, muitas vezes sem serem notadas, para que possamos crescer. Lembremo-nos disto: o amor nunca sufoca, o amor abre espaço para o outro e o faz crescer”.
Destacando o Dia Mundial da Paz, Francisco afirmou que “a liberdade e a coexistência pacífica são ameaçadas quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, do desejo de lucro e da sede de poder” e concluiu desejando “que no novo ano possamos crescer nesse amor gentil, silencioso e discreto que gera vida, e abre caminhos de paz e reconciliação no mundo”. (EPC)
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