Mosaico de Nossa Senhora de Luján é entronizado nos Jardins do Vaticano
A cerimônia de entronização do mosaico da Padroeira da Argentina contou com a presença de diversas autoridades religiosas e diplomáticas.
Cidade do Vaticano (09/09/2025 10:25, Gaudium Press) Nesta terça-feira, 9 de setembro, foi realizada a entronização do mosaico de Nossa Senhora de Luján, Padroeira da Argentina, nos Jardins do Vaticano. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades religiosas e diplomáticas.
A entronização foi iniciada com um discurso do embaixador argentino junto à Santa Sé, Luis Pablo María Beltramino, seguido pelo discurso de boas-vindas proferido pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. Logo depois, o Vice-Decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Leonardo Sandri, realizou o Rito de Bênção da obra, seguido de uma oração e um hino a Nossa Senhora de Luján. Por fim, o Cardeal Fernando Vérgez, Presidente Emérito do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, proferiu um discurso de agradecimento.
A Igreja descobre um rosto da Mãe de Deus em cada cultura
O embaixador argentino junto à Santa Sé recordou o papel de Nossa Senhora como sinal de unidade e esperança em seu país desde 1630 e ressaltou que Ela “é o coração espiritual da nossa nação”. Beltramino pediu para que Maria proteja o povo argentino e acompanhe o pontificado de Leão XIV, “inspirando caminhos de paz, fraternidade, diálogo e justiça”.
O diplomata também destacou o empenho do Papa Francisco para que este projeto fosse concretizado. Esta cerimônia foi um gesto de gratidão e comunhão com a Igreja universal. “Gratidão pela proteção materna de Maria ao longo da nossa história e comunhão com uma Igreja que descobre um rosto da Mãe de Deus em todas as culturas”.
Sinal de Fé vivida no cotidiano
Já o Secretário de Estado Pietro Parolin, falou sobre o valor simbólico desta inauguração, “gesto sincero que demonstra os laços de harmonia e amizade que unem este amado país sul-americano à Santa Sé”. O Cardeal explicou que a intenção do Papa Francisco era a de colocar a imagem de Nossa Senhora de Luján ao lado dos demais Santos padroeiros da América Latina no Bastião do Mestre.
Em seguida, o purpurado descreveu os elementos artísticos do mosaico: o céu, evocando a vida eterna, e uma moldura de flores de cerâmica, simbolizando vida e beleza. Parolin enfatizou o significado espiritual da obra, inspirada em uma pequena imagem encontrada dentro de uma casa, como um sinal de Fé vivida no cotidiano. Por fim, ele pediu a Maria, Rainha da Paz, pelo fim das guerras e pela proteção do povo argentino sob o manto da Virgem de Luján.
Expressão viva da devoção de uma comunidade
Destacando o valor espiritual e cultural da obra, o Cardeal Vérgez afirmou que “entronizar a Virgem de Luján não é meramente um ato artístico ou cerimonial; é, acima de tudo, uma expressão viva da devoção de uma comunidade que não esqueceu suas raízes, sua cultura ou sua espiritualidade”.
O Cardeal também agradeceu às autoridades civis e religiosas, à comunidade argentina em Roma e aos benfeitores que tornaram a obra possível, bem como à artista Florencia Delucchi, que capturou “a beleza e a ternura da Virgem”. Ele concluiu seu discurso encorajando os presentes a renovarem seu compromisso com a Fé, para que, com generosidade, digam sim ao Senhor todos os dias.
A artista argentina Florencia Dellucchi, criadora da obra, afirmou ter se inspirado em uma imagem Mariana que um dos doadores tinha em casa. Ela utiliza duas técnicas: uma parte é um mosaico e a outra são peças de cerâmica esculpidas e pintadas à mão. A criação da obra foi iniciada em fevereiro e concluída em abril, pois a previsão era que essa entronização ocorresse no dia 8 de maio, Festa da Virgem de Luján. (EPC)
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