Mons. Ganswein: Existe uma corrente que quer destruir a vida e a obra de Ratzinger
O secretário do Papa emérito concedeu uma entrevista ao Corriere della Sera sobre o “vil ataque” contra Bento XVI.
Redação (14/02/2022 11:27, Gaudium Press) Mons. Georg Ganswein, secretário pessoal de Bento XVI, declarou ao Corriere della Sera que existe um movimento que não só quer destruir a vida e a obra de Bento XVI, mas também procura apagá-lo da memória oficial da Igreja.
Há um movimento “que realmente quer destruir a pessoa e a obra” de Bento XVI. Essa corrente “nunca o amou como indivíduo, sua teologia, seu pontificado”, enfatizou Mons Ganswein.
As declarações do arcebispo foram feitas após uma carta de Bento XVI sobre as ‘revelações’ do Relatório sobre abusos sexuais da Arquidiocese de Munique, de autoria do escritório de advocacia Westpfahl-Spilker-Wastl, e a publicação de um documento de quatro juristas que refutam esse relatório.
O Papa Bento XVI tem afirmado que, como ordinário de Munique, nunca confiou um ofício pastoral a um sacerdote abusador. Os juristas que estudaram as atas correspondentes sustentam essa afirmação.
Mons. Ganswein falou do “vil ataque” realizado a Bento XVI, porque em resposta ao referido Relatório, o Papa emérito havia dito que não havia participado de uma reunião na Arquidiocese de Munique, na qual se tratou do destino de um sacerdote abusador. O próprio Bento corrigiu o erro, devido a uma falha de edição de um de seus colaboradores, mas a questão principal foi corrigida: o sacerdote não foi designado para uma missão pastoral; ele só foi acolhido em Munique para tratamento terapêutico.
Quem conhece Bento XVI “sabe que a acusação de ter mentido é absurda”, ressaltou o Mons. Ganswein, enfatizando que a “honestidade moral e intelectual de Bento XVI é muito alta”, condizente com o fato de que “nunca encontrei nele qualquer sombra ou tentativa de esconder ou minimizar qualquer coisa.”
Aqueles que conviveram com o papa emérito sabem muito bem “o que Joseph Ratzinger-Bento XVI disse e fez em relação a toda a questão da pedofilia”.
“Ele foi o primeiro a atuar como cardeal e depois continuou a linha de transparência como papa”, continuou o arcebispo Gänswein. “Já, durante o pontificado de João Paulo II, ele mudou a mentalidade atual e marcou a linha que o Papa Francisco segue.”
Com informações National Catholic Register.
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