“México é um dos países mais perigosos para exercer o sacerdócio”, alerta diretor de Centro Católico

Nos últimos três anos, sete sacerdotes católicos foram assassinados no México.

Foto: Cathopic/Cristian Gutiérrez.

México – Cidade do México (06/07/2022 12:22, Gaudium Press) O diretor do Centro Católico Multimedial (CCM), Omar Sotelo, afirmou que o “México é um dos países mais perigosos para exercer o sacerdócio”. O CCM se dedica a acompanhar casos de violência ou ataques contra clérigos.

Nos últimos três anos, sete sacerdotes católicos foram assassinados no México. A maioria dos assassinatos contra clérigos ocorreu pelo mesmo motivo: exercer o cargo pastoral para proteger sua comunidade e se manifestar contra o crime organizado no país.

Fundação Pontifícia e Jesuítas denunciam violações à liberdade religiosa

Através de um relatório intitulado “Liberdade Religiosa no mundo 2021”, a Fundação Pontifícia “Ajuda à Igreja que Sofre” se manifestou contra os tristes acontecimentos envolvendo clérigos católicos e denunciou violações à liberdade religiosa.

Entre as vítimas encontram-se padres jesuítas, por este motivo, a Companhia de Jesus no México também denunciou os homicídios de sacerdotes no país e pediu por justiça. “Os jesuítas no México não se calarão diante da realidade que dilacera toda a sociedade. Seguiremos presentes e trabalhando pela missão de justiça, reconciliação e paz, através de nossas obras pastorais, educativas e sociais”, diz um trecho do comunicado.

Conferência Episcopal Mexicana e Papa Francisco oferecem orações pelo México

A Conferência Episcopal Mexicana se pronunciou ressaltando que se une “em oração com a Companhia de Jesus, em meio de tanta morte e crime que se vive no país, condenamos publicamente esta tragédia e exigimos uma pronta investigação e segurança para a comunidade e todos os sacerdotes do país”.

Até o Papa Francisco tratou sobre o tema recentemente. No dia 22 de junho, o Santo Padre lamentou a triste situação pela qual passa a Igreja Católica no México e confessou estar triste e consternado com os inúmeros casos de violência vividos no país. Oferecendo suas orações, o Pontífice ressaltou que “a violência nunca resolve os problemas, só aumenta o sofrimento inútil”. (EPC)