Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2025
“Missionários da esperança entre os povos” é o tema do próximo Dia Mundial das Missões, que será celebrado no dia 19 de outubro. No âmbito do Jubileu da Esperança, o Papa apresentou a sua mensagem para a ocasião, recordando que os missionários devem ser construtores de esperança nas sociedades que dela carecem, através da oração, da Eucaristia e da vida comunitária.
Redação (06/02/2025 09:13, Gaudium Press) O texto, assinado pelo Papa Francisco no último dia 25 de janeiro e divulgado na manhã desta quinta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, está em sintonia com o “Ano Jubilar 2025, cuja mensagem central é a esperança”.
Com efeito, neste Ano Jubilar, o Papa Francisco quer recordar “a missão fundamental” de todos os batizados de serem “mensageiros e construtores da esperança”, daí o tema desta Jornada 2025, “Missionários da esperança entre os povos”.
Para os guiar, acredita o Santo Padre, é preciso, naturalmente, manter o olhar fixo em Cristo, “cumprimento da salvação para todos”, e em particular “para aqueles cuja única esperança é Deus”. Jesus é “o divino Missionário da esperança, o modelo supremo”, tendo experimentado as fragilidades humanas, passando por momentos críticos e confiando tudo a Deus Pai, “obedecendo com total confiança ao seu projeto de salvação para a humanidade, um projeto de paz para um futuro cheio de esperança”, explica o Santo Padre na sua mensagem.
“Que todos os discípulos batizados e missionários de Cristo façam brilhar a sua esperança em todos os cantos da terra”, exclama o Santo Padre. Para que isso aconteça, os cristãos devem compartilhar as condições concretas de vida daqueles que encontram, acrescenta ele.
Eles são os portadores dessa esperança, cujo horizonte vai além das “realidades mundanas passageiras” e “se abre para as realidades divinas que já vislumbramos no presente”, observa Francisco. Esses missionários trabalham em meio às sociedades, especialmente aquelas “nas áreas mais ‘desenvolvidas’” que estão sofrendo de uma “crise humana”, cujos sintomas são “uma sensação generalizada de desorientação, solidão e abandono entre os idosos, e dificuldades para encontrar tempo para ajudar aqueles que vivem ao lado”. O Papa lamentou que, nos países mais avançados tecnologicamente, “a proximidade está desaparecendo: estamos todos interconectados, mas não estamos em relação”. Ele condena nosso apego às coisas materiais, nosso egocentrismo e nossa falta de altruísmo. Mas “o Evangelho, vivido em comunidade, pode nos devolver uma humanidade íntegra, saudável e redimida”.
Devemos nos inspirar na fonte do Coração de Cristo, “levando aos outros a mesma consolação com a qual somos consolados por Deus”. “No Coração humano e divino de Jesus, Deus quer falar ao coração de cada pessoa, atraindo todos ao seu Amor”, nos lembra Francisco.
Para realizar sua missão da melhor maneira possível, e “diante da urgência da missão de esperança hoje”, os missionários devem renovar em si mesmos “a espiritualidade pascal que experimentamos em cada celebração eucarística”, e se tornar, na medida em que são batizados “na Páscoa do Senhor que marca a eterna primavera da história”, “pessoas da primavera”. Eles devem extrair da Eucaristia e dos Sacramentos “o zelo, a determinação e a paciência para trabalhar”.
Finalmente, Francisco ressalta que “a evangelização é sempre um processo comunitário” que continua com “a construção de comunidades cristãs por meio do acompanhamento de cada pessoa batizada ao longo do caminho do Evangelho”, tendo em mente que “pertencer à Igreja não é uma realidade que se adquire de uma vez por todas”. Para realizar essa missão de evangelização, todos somos convidados a participar ativamente por meio do testemunho de nossas vidas e da oração, de nossos sacrifícios e de nossa generosidade.
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