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Massacre de fiéis em Burkina Faso

A Ajuda à Igreja que Sofre (AIN) informou que pelo menos 34 pessoas foram mortas em dois ataques armados de grupos terroristas contra populações civis na cidade de Bourasso, na diocese de Nouna.

Foto: Wikipedia

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Redação (07/07/2022 16:55, Gaudium Press) A violência na África continua a crescer. Desta vez foi na cidade de Bourasso, na região de Boucle du Mouhoun, em Burkina Fasso. Um dos sobreviventes relatou à organização religiosa Ajuda à Igreja que Sofre como ocorreu o massacre:

“Os terroristas chegaram de moto na cidade de Bourasso no domingo, 3 de julho, por volta das 17h, mas saíram sem fazer nada. No entanto, eles voltaram à noite e ameaçaram os moradores da região, no pátio em frente à igreja”.

Eles suplicaram para não serem mortos, mas os homens armados ignoraram o pedido e atiraram contra os fiéis.

“Eles mataram quatorze pessoas em frente à igreja”, informou um sacerdote da paróquia da Catedral de Nouna, localizada a 20 quilômetros de Bourasso. “Eles, então, foram para a aldeia e mataram outras vinte pessoas”, incluindo muitos cristãos e seguidores da religião tradicional africana.

“O procedimento é sempre o mesmo, os terroristas chegam de moto, dois em cada uma, encapuzados e armados. À noite é difícil saber quantos são, sem dúvida várias dezenas”, explicou o sacerdote e ressaltou: “Estamos apavorados… essas pessoas não têm nada a ver com política ou com grupos terroristas. São atacados quando não podem se defender. É uma confusão total.”

O padre, que escapou de uma emboscada terrorista nesta região, em 9 de maio, disse: “Estou realmente muito triste… Conhecia quase todas as vítimas”.

Na manhã do atentado, a diocese de Nouna havia celebrado uma missa em ação de graças pela ordenação de dois de seus sacerdotes. A diocese também agradecia os sete anos de serviço de seu catequista permanente que vive em Bourasso. Eles não imaginavam que naquela noite, alguns de seus paroquianos, incluindo os dois irmãos do catequista, seriam mortos pelos terroristas.

“Apesar de tudo, não perdemos a esperança. Temos a coragem de viver os dias que Deus nos dá… Aqui, quando nos levantamos, sabemos que estamos vivos, mas não sabemos se ainda estaremos vivos à noite”, sublinhou o sacerdote.

 

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