Martírios hoje: “Seguir sem medo diante dos desafios”, exorta Papa
Em todo o mundo, muitos são perseguidos por ser cristãos. Eles sofrem pelo Evangelho como os primeiros seguidores de Cristo: são os mártires dos nossos dias…
Redação (22/06/2020 09:39, Gaudium Press) No domingo, (21/06), o Papa Francisco, pela quarta vez, rezou a oração mariana do Angelus desde a janela do Palácio Apostólico junto com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Como se recorda, durante todo o período de lockdow na Itália, Francisco rezou de dentro da biblioteca.
Medo: um dos inimigos da vida cristã
A partir de um trecho do Evangelho do dia, Mt 10, 26-33, o Papa descreveu em sua alocução realizada antes da oração do Angelus, três situações concretas de adversidades enfrentadas pelos discípulos na proclamação do Reino de Deus.
Francisco exortou todos a não ter medo, a ser forte e confiante diante dos desafios da vida.
Para ele “o medo é um dos inimigos mais feios da nossa vida cristã”.
Diante das hostilidades, anunciar sem medo
O Papa descreveu inicialmente “a hostilidade daqueles que gostariam de silenciar a Palavra de Deus”.
Jesus, até aquele momento, diz o Francisco, transmitiu a mensagem de salvação “com prudência, quase em segredo”, diferente do que deveriam fazer os Apóstolos:
“Eles deverão proclamá-la “à luz”, ou seja, abertamente, e anunciar “dos terraços”, isto é, publicamente, o seu Evangelho.”
Até hoje a perseguição continua: não temais os que matam o corpo
O Pontífice falou em seguida da segunda dificuldade que os discípulos de Nosso Senhor encontraram: “a ameaça física contra eles, isto é, a perseguição direta do seu povo, chegando até a matar”. Ele recordou uma “dolorosa” profecia de Jesus, que “atesta a fidelidade das testemunhas” e se constata em todos os tempos:
“Quantos cristãos são perseguidos ainda hoje em todo o mundo! Sofrem pelo Evangelho com amor, são os mártires dos nossos dias.
E podemos dizer com certeza que são mais mártires que nos primeiros tempos: muitos mártires somente por ser cristãos…”
A esses discípulos de ontem e de hoje que sofrem a perseguição, Jesus recomenda:
‘Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma’ (v. 28). Não devemos nos assustar por aqueles que procuram extinguir a força da evangelização através da arrogância e da violência. Nada, na verdade, podem fazer contra a alma, ou seja, contra a comunhão com Deus: essa, ninguém pode tirar dos discípulos, pois é um dom de Deus. ”
Não ter medo: “o Pai cuida de nós” na da adversidade, no perigo
O Pontífice recordou que o terceiro tipo de provação que os Apóstolos enfrentaram foi a sensação de que o próprio Deus os abandonou ao permanecer “distante e silencioso”.
Francisco voltou a exortar, então, a não ter medo porque “o Pai cuida de nós” na hora da adversidade e do perigo:
“Também aqui –Jesus– nos exorta a não ter medo, porque, apesar de passar por essas e outras ciladas, a vida dos discípulos está firmemente nas mãos de Deus, que nos ama e nos guarda. […] O que importa é a sinceridade, é a coragem do testemunho, do testemunho de fé: ‘reconhecer Jesus perante os homens’ e seguir adiante fazendo o bem. ” (JSG)
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