Mais antigo mosteiro cristão é descoberto no Egito
A descoberta será uma importante ferramenta no estudo do cristianismo primitivo e do monaquismo no Egito.
Egito – Cairo (07/05/2021 16:38, Gaudium Press) A missão arqueológica franco-norueguesa, liderada pelo Institut français d’archéologie Oriental no sítio de Tal Ganoub Qasr-al Agouz, no Oásis Bahariya resultou na descoberta do mais antigo mosteiro cristão conhecido no Egito.
Na realidade foram encontrados seis eremitérios construídos em basalto, escavados na rocha ou feitos de tijolos de argila. Suas excepcionais condições de conservação revelam em suas paredes grafites, inscrições em grego e pinturas relacionadas à cultura copta.
Mosteiros do século IV
Os mosteiros, que remontam ao século IV, funcionavam juntos, mas de forma independente. Sua integridade se deve à areia do deserto e à ausência de umidade. A presença de textos, que serão objeto de estudo aprofundado, foram uma surpresa para os arqueólogos.
“Esses dormitórios estão preservados até o teto e é incrível se pensarmos que datam de quinze séculos atrás, ou talvez até mais”, afirmou o chefe da missão Victor Ghica, da Escola Norueguesa de Teologia, Religião e Sociedade, especialista em arqueologia da antiguidade tardia, cristianismo do século IV e papirologia copta.
Exames de radio-carbono
Graças aos exames de radio-carbono foi possível chegar à datação do século IV. Até então, os mosteiros mais antigos conhecidos do Egito eram do século V, o que torna a descoberta ainda mais importante para o estudo do cristianismo primitivo e do monaquismo no Egito. (EPC)
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