Mãe, Rainha do Lar
A mãe, principal colaboradora de Deus na criação dos filhos, é a rainha do lar com uma regência de natureza peculiar: um reino de amor.
Redação (11/05/2024 12:03, Gaudium Press) Aquela mulher que, em meio às alegrias e dores do parto, se torna a primeira a trocar olhares e sorrisos com criança que nasce, e que depois guia seus primeiros passos, cuida de suas necessidades, deixando, ao longo da vida, uma marca indelével no seu coração, leva o maravilhoso título de MÃE.
Aquela que transforma o lar em um lugar agradável que atrai como um ímã, unindo os corações em um laço de amor para o qual todos respeitosamente tendem a se voltar.
Aquela que, preocupada com a conservação e limpeza da casa, a torna acolhedora e agradável em uma infinidade de detalhes, através de uma decoração – simples ou mais elaborada de acordo com as capacidades econômicas –, estabelece, na vida familiar, um ambiente propício ao convívio.
Aquela que, às vezes, com uma vontade enérgica, faz suas intervenções decisivas com doçura e com o enorme poder do afeto feminino.
Aquela que é a ponte entre todos os membros de sua casa, seja com seu marido, com seus próprios filhos ou até mesmo com os funcionários, criando um clima de cordialidade.
Aquela que não negligencia sua preocupação em atender a um dos deleites legítimos da humanidade, o prazer de comer. A Escritura ensina-nos que “o homem não vive só de pão” (Dt 8,3; Mt 4,4), mas sabemos que ele precisa de pão.
A grande missão de ser mãe, e ao mesmo tempo esposa, tem suas exigências. Requer um espírito de fé, sentir-se apoiada por Deus, não confiar nas próprias capacidades ou desanimar com as próprias fraquezas.
Por isso, a sua vida deve ser marcada por uma forte piedade pessoal, porque o brilho feminino especial não está sobretudo nos seus dotes naturais, mas, essencialmente, na sua vida interior, na sua vida espiritual, na sua religiosidade.
Será ela quem incentivará as práticas religiosas na família: o cumprimento do preceito dominical, assistindo à Santa Missa, a recitação diária do Santo Rosário em família, o agradecimento pela saúde, a proteção de Deus nos passeios ou viagens diárias, para todos e cada um. Será essa atitude que derramará bênçãos sobre toda a lar, pois: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20).
Ao acordar e ao deitar-se à noite, incentivará seus filhos a rezar, a oferecer as obras do dia, a serem gratos pelos alimentos quando se sentarem à mesa. Como está escrito no livro de Provérbios: “A graça engana, a beleza é passageira, a mulher que teme a Deus merece louvor” (Pr 31,30).
A mulher, como mãe, demonstra sua especial capacidade de suportar as adversidades; mesmo em situações extremas e momentos mais desesperadores, preservam o sentido do futuro. É admirável seu papel de moderação e conselheira entre pai e filho, pois, bem sabemos, como filhos, que não há nada mais eficaz do que a sua intermediação nas nossas necessidades e desejos quando se quer chegar até o pai; bem como a transmissão suave das ordens do Pai. Ela é a representante, a personificação, da misericórdia no lar. “Abre sempre a boca com sabedoria, amáveis instruções surgem de sua língua (Pr 31,26).
A mãe, principal colaboradora de Deus ao trazer os filhos à existência, é a rainha do lar, com um reino de caráter peculiar: um reino de amor. O amor de mãe é o mais parecido com o amor de Deus, pois ela ama sem egoísmos; ama, mesmo que seu amor não seja correspondido.
Todos sabemos que o casamento se baseia no respeito inviolável pelo contrato assinado aos pés do altar: “Eu, … te recebo, …, por minha/meu esposa(o), e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”.
Muitos são os inimigos da instituição da família em todos os tempos – mais fortemente nos dias atuais – que, através de publicações escritas, shows, músicas, filmes e todos os tipos de vídeos, pisoteiam e ultrajam a fidelidade conjugal, levantando-se contra o compromisso assumido e a maravilhosa missão de ser mãe.
Como mãe, não permita que esses maus exemplos penetrem em seu lar.
Um documento da Congregação para a Educação Católica nos ensina que: ” família é uma realidade antropológica e, consequentemente, social, cultural, e […] sociedade natural na qual a reciprocidade e complementaridade entre homem e mulher se realizam plenamente”. Chamados a existir reciprocamente um para o outro, ambos realizam o humano, sendo complementares tanto no masculino quanto no feminino, com peculiaridades distintas.
Bela é a unidade dos desígnios de Deus, confiando a esta união indissolúvel e monogâmica – a família – não só a procriação da espécie, na dignidade da maternidade quando a bênção de Deus vem com os filhos, mas também o poder de colaborar na construção da própria história dos homens.
Nesta data especial para todos os homens e mulheres de todos os tempos, o Dia das Mães, não podemos de deixar de lembrar da Mãe por excelência, Maria Santíssima, a amada de Deus. Aquela que tem tantos atributos quanto invocações, alguns mais expressivos que os outros: rainha, mãe, advogada, auxiliadora, clemente, esperança, doce, socorro, refúgio, puríssima, etc. Podemos proclamar com entusiasmo: Filha de Deus Pai, Mãe admirável de Deus Filho e Castíssima Esposa do Espírito Santo. Assim, os céus a chamam de Rainha; os homens, de Senhora, e todos nós a chamamos de MÃE.
Por Pe. Fernando Gioia, EP
Publicado originalmente em La Prensa Grafica, 5 de maio de 2024.
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