Itália: furtada relíquia de Santa Ágata, padroeira de Catânia

O pároco da Igreja de Santa Ágata, no centro de Brescia, faz um apelo para que a relíquia da santa seja encontrada ou devolvida o mais rápido possível.

Redação (23/08/2023 09:43, Gaudium Press) Qualquer roubo causa pesar, mas o de uma relíquia provoca muita indignação pelo ato sacrílego realizado. Um ato que deixou toda a comunidade sem palavras e com um profundo sentimento de perplexidade.

O furto ocorreu na Igreja de Santa Ágata, no centro de Brescia, Itália, na tarde da última sexta-feira, pouco antes da missa das 18h. Quando o sacristão saiu para limpar o presbitério notou que a urna dourada onde estava a relíquia– um pequeno fragmento da falange da mão da santa – estava aberta. Ao se aproximar, ele percebeu que a urna estava vazia.

A relíquia está certificada por um documento papal de 1770, e a urna de madeira trabalhada e dourada remonta ao final de 1600.

O pároco da igreja de Santa Ágata, em Bréscia, Pe. Gianbattista Francesconi, expressou seu profundo pesar e tristeza pelo furto da pequena relíquia da virgem e mártir de Catânia:

“Não sei explicar o motivo desse gesto. É uma coisa estranha, porque a relíquia não tem valor econômico, como o relicário, que foi deixado em seu lugar. Espero que esse pequeno fragmento dos restos sagrados de Santa Ágata, muito importante para a nossa comunidade, possa ser encontrado ou devolvido. Se não for esse o caso, espero poder pedir à Cúria da Catânia que nos envie um novo fragmento das relíquias sagradas de Santa Ágata, para ser guardado dentro da nossa igreja dedicada à padroeira de Catânia”.

“A relíquia é exposta na igreja porque muitos sicilianos vêm em peregrinação a esta igreja, como sinal de veneração pela Santa”, afirmou o sacerdote, acrescentando que “nas imagens das câmeras de videomonitoramento, examinadas pela polícia, é possível ver duas mulheres que abriram o relicário e levaram a relíquia. É um fragmento de uma falange colocada em uma teca de prata, sobre um pequeno véu bordado. O sacristão, que está sempre presente na igreja, percebeu o roubo.”

O Pe. Francesconi celebrou uma missa como ato de reparação por este gesto sacrílego.

Santa Ágata nasceu nas primeiras décadas do século III em Catânia. Por volta dos 15 anos quis consagrar-se a Deus. O bispo de Catânia aceitou seu pedido e impôs-lhe o véu vermelho usado pelas virgens consagradas. O procônsul de Catânia, Quinziano, ao vê-la, apaixonou-se por ela. As tentativas de sedução do procônsul não tiveram resultado. Interrogada e torturada, Ágata resistiu em sua fé, sendo martirizada em 251.