Irlanda sem sacerdotes
Nos últimos três anos, faleceu um quinto dos sacerdotes e irmãos leigos.
Redação (18/01/2022 18:48, Gaudium Press) “A ilha dos santos”, “dos sábios”, esses eram os nomes correntes para se referir à Irlanda no final da Idade Média.
Entre os séculos V e VII, a Irlanda deu mais de 350 santos à Igreja, época em que não era comum os santos. A semente que São Patrício plantou floresceu em todo o seu esplendor.
E da Irlanda o catolicismo se propagou para muitos lugares, criando ou sustentando a fé de numerosas regiões da velha Europa; tempos passados. O catolicismo nos EUA também deve muito à Irlanda.
Mas agora a Irlanda está sem sacerdotes.
O Irish Examiner relatou, em 8 de janeiro passado, que, nos últimos três anos, mais de 21% dos sacerdotes e irmãos leigos de seu clero faleceram. É claro que o principal motivo de tantas mortes é a idade avançada da população sacerdotal. Espera-se que a porcentagem dessas mortes se mantenha alta.
Dados
Em 2014, havia cerca de 2.067 sacerdotes diocesanos. Naquela época, percebeu-se mais nitidamente o envelhecimento do clero.
No final de 2018, havia 1.800 sacerdotes no ministério ativo e 720 aposentados, alguns destes últimos colaborando na cobertura de férias e em casos de doença dos ativos.
Em 2019, morreram 174 religiosas e 166 presbíteros. Em 2020, foram 191 religiosas e 223 presbíteros e irmãos.
Até o fim de setembro de 2021, já havia morrido 131 religiosas e 131 sacerdotes. Mas é provável que os dados anteriores estejam aquém da realidade, pois nem todas as ordens religiosas e dioceses comunicaram os óbitos à entidade que compila as estatísticas.
Ademais, há poucos aspirantes ao sacerdócio e muito poucos novos seminaristas.
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