Igrejas serão reabertas no Canadá
Os Bispos do Canadá publicaram uma carta comemorando a reabertura oficial das igrejas no próximo 7 de fevereiro, no país
Redação (05/02/2022 09:30, Gaudium Press) Os Bispos canadenses publicaram uma carta comemorando a abertura das igrejas no próximo dia 7 de fevereiro.
A carta que se dirige aos fiéis, comemora o fato de que as autoridades compreenderam que o engajamento e as atividades religiosas são aspectos importantes para muitos cidadãos.
Os Bispos afirmam que esta é uma oportunidade a mais para relembrar “o dever do Estado de respeitar, promover e proteger a liberdade religiosa”. A carta cita um parágrafo do Concílio Vaticano II (Dignitatis Humanae):
“6. Pertence essencialmente a qualquer autoridade civil tutelar e promover os direitos humanos invioláveis. Deve, por isso, o poder civil assegurar eficazmente, por meio de leis justas e outros meios convenientes, a tutela da liberdade religiosa de todos os cidadãos, e proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento da vida religiosa, de modo que os cidadãos possam realmente exercitar os seus direitos e cumprir os seus deveres, e a própria sociedade beneficie dos bens da justiça e da paz que derivam da fidelidade dos homens a Deus e à Sua santa vontade.”
Abertura dos templos religiosos foi fruto de muito esforço
Os Epíscopos relembraram que a abertura das igrejas foi fruto de um grande esforço junto ao governo. Eles também pleitearam a isenção da obrigação da vacinação, pois consideram os efeitos negativos de uma tal imposição.
Além disso, entendem “que muitos fiéis acreditam que este requisito constitui uma discriminação intolerável que priva as pessoas não vacinadas do seu direito à liberdade religiosa”, explicam eles. O que é incompatível com a noção mesmo de comunidade.
Contudo, os Bispos afirmam a responsabilidade de todos os fiéis perante a sociedade e à saúde de todos, especialmente durante a pandemia.
As restrições governamentais podem existir
Por isso, a carta afirma que a liberdade dos fiéis “pode, excepcionalmente, estar sujeita a restrições temporárias para o bem comum” e que algumas medidas podem ser impostas.
A missiva pede a compreensão dos fiéis neste momento excepcional da história pois: “Este é o dever do Estado, mesmo que as decisões tomadas sejam imperfeitas e questionáveis, feitas à custa de compromissos científicos e políticos”, explicam os Bispos.
Obrigatoriedade vacinal vs proximidade com os fiéis
Com efeito, a obrigatoriedade do passe-vacinal será mantida. Os Epíscopos manifestam, contudo, sua proximidade com todos aqueles que não poderão frequentar os templos religiosos porque não foram vacinados.
As autoridades eclesiásticas dizem que vão continuar em contato com as autoridades governamentais para lembrar que esta exigência contradiz as crenças dos fiéis e que a obrigatoriedade será suspensa logo que possível.
A fim de garantir maior proximidade com os fiéis, os Bispos pedem que os pastores de todo o país promovam celebrações ao ar-livre, por transmissão ou por qualquer outro meio seguro “queremos que todos os batizados sejam acolhidos e acompanhados”.
A carta termina exortando os fiéis a se unirem à oração do Papa Francisco: “Peço a Deus que cada um de nós contribua com seu pequeno grão de areia”. (FM)
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