Igreja bizantina do século V é reaberta ao público
O templo passou por um trabalho de restauração que durou três anos e foi de fundamental importância para a conservação da história de Gaza.
Redação (01/02/2022 16:59, Gaudium Press) Uma igreja bizantina do século V, descoberta no ano de 1997 próximo a Jabalia, quatro quilômetros ao norte de Gaza, foi reaberta ao público após três anos de trabalhos de restauração e um financiamento de cerca de dois milhões de euros.
O templo apresenta 400 metros quadrados de mosaicos nos quais são representados palmeiras, árvores frutíferas, cachos de uvas, leões, gazelas, cavalos, vacas e outros animais, além de inscrições gregas diversas.
Restauração de fundamental importância para a história de Gaza
Segundo o arqueólogo René Elter, o trabalho de restauração, realizado pela ONG francesa ‘Première Urgence Internationale’, em colaboração com a ‘Ecole biblique et archéologique française de Jerusalém’, é de fundamental importância para a história de Gaza pois reflete seu período cristão.
De acordo com a ONG francesa, os mosaicos e toda a igreja foram danificados pela passagem de tanques durante a guerra de 2012. Além disso, as décadas de conflito renderam pesadas perdas ao patrimônio histórico da Faixa de Gaza, que guarda os restos de cinco milênios de história, desde a Idade do Bronze até os anos do domínio otomano e britânico.
Um testemunho da presença do cristianismo
O Padre Gabriel Romanelli, pároco da Igreja da Sagrada Família na cidade de Gaza, manifestou sua alegria pela reabertura. “Este fato é realmente muito importante para a comunidade cristã. Não esqueçamos que a Faixa de Gaza conta com cerca de mil cristãos. Esta igreja do século V é um testemunho da grande presença do cristianismo em toda a região”, ressaltou.
“Nunca esqueçamos que nossa paróquia é chamada de Sagrada Família, para nos lembrar que os primeiros cristãos a passar por Gaza foram Jesus com São José e Nossa Senhora quando eles fugiram de Belém para o Egito. Portanto, esta inauguração é uma grande alegria para toda a comunidade cristã e para a paróquia católica”, concluiu. (EPC)
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