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Grave ataque aos direitos fundamentais: britânico é condenado por rezar em silêncio do lado de fora de clínica de aborto

Em sua decisão, o tribunal argumentou que sua oração equivalia a uma “desaprovação do aborto” porque, em determinado momento, sua cabeça foi vista levemente inclinada e suas mãos estavam entrelaçadas.

Foto: ADF International

Foto: ADF International

Redação (21/10/2024 15:52, Gaudium Press) Após a notícia de que a Escócia proibiu a oração em voz alta, se isso perturbar uma clínica de abortos, continuam a chegar más notícias para a causa pró-vida no Reino Unido. Em 2022, Adam Smith-Connor, um cristão e veterano do exército britânico, foi considerado culpado por rezar silenciosamente do lado de fora de um centro de aborto, em Bournemouth, localizado na costa sul da Inglaterra, Reino Unido.
O Tribunal de Juízes de Bournemouth condenou-o à dispensa condicional, o que implica que Smith-Connor “só será sentenciado se for condenado por quaisquer crimes futuros nos próximos dois anos”, e ordenou que ele pagasse as custas processuais de £ 9 mil” (mais de R$ 66 mil) informou a ADF International (grupo de defesa jurídica conservador Alliance Defending Freedom).

A intenção de Smith-Connor ao se aproximar do centro de aborto British Pregnancy Advisory Service, em Bournemouth, em 2022, era rezar por seu filho que morreu em um aborto que ele ajudou a realizar em um centro semelhante há duas décadas. Segundo seu advogado, “Smith-Connor não expressou sua oração de forma visível, seja ajoelhado, falando ou segurando qualquer símbolo. Ele se esforçou ao máximo para se afastar da clínica de aborto, posicionando-se atrás de uma árvore, virado de costas para a clínica e evitando qualquer interação com outras pessoas”.

Em sua decisão, o tribunal considerou que a manifestação de Smith-Connor em frente ao centro de aborto constituía “desaprovação do aborto” porque, “em determinado momento, sua cabeça foi vista levemente inclinada e suas mãos entrelaçadas”, declarou a ADF International, em um comunicado à imprensa na quarta-feira passada.

“Hoje, o tribunal decidiu que certos pensamentos — pensamentos silenciosos — podem ser ilegais no Reino Unido. Isso não pode estar certo”, afirmou Smith-Connor. “Tudo o que fiz foi rezar a Deus, na privacidade da minha mente — e ainda assim fui condenado como um criminoso? Servi por 20 anos na reserva do exército, incluindo uma viagem ao Afeganistão, para proteger as liberdades fundamentais sobre as quais este país foi construído. Continuo com esse espírito de serviço como profissional de saúde e voluntário da igreja. Preocupa-me muito ver nossas liberdades erodidas a ponto de crimes de pensamento agora serem processados ​​no Reino Unido”.

Jeremiah Igunnubole, advogado da ADF UK, ressaltou que este é um marco jurídico de proporções imensas. “Hoje, um homem foi condenado devido ao conteúdo de seus pensamentos – as suas orações a Deus – nas ruas públicas de Inglaterra. Dificilmente poderemos cair mais baixo em nossa negligência das liberdades fundamentais básicas de expressão e de pensamento. Vamos examinar atentamente a sentença e estamos considerando opções para apelar. Os direitos humanos são para todas as pessoas – independentemente de sua opinião sobre o aborto”.

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