Governo comunista chinês remove mais de 500 cruzes de igrejas e locais públicos
Os líderes católicos foram impedidos de esboçar qualquer tipo de resistência e tiveram que assistir inertes a remoção de todas as cruzes.
China – Anhui (02/07/2020 09:00, Gaudium Press) O regime comunista chinês continua sua campanha de perseguição religiosa no país. Atualmente, o governo segue retirando qualquer símbolo cristão do olhar público. Nos últimos três meses já foram removidas mais de 500 cruzes de igrejas e locais públicos na província de Anhui.
Governo comunista espalha destruição e medo
Os líderes católicos foram impedidos de esboçar qualquer tipo de resistência e tiveram que assistir inertes a remoção de todas as cruzes das igrejas da cidade. Apenas uma cruz permaneceu de pé, pois pertencia a uma igreja de um século de antiguidade, sendo considerada patrimônio nacional.
Nem a Associação Patriótica Católica da China, aprovada pelo estado, nem a Conferência dos Bispos na China podem se opor à retirada das cruzes. “O clero em Anhui não quer causar problemas. Tem medo do governo”, afirmou Paul Lee, um pregador cristão que vive na cidade.
Incapacidade das autoridades da Igreja diante do regime comunista
Uma igreja localizada em uma região turística de Anhui está negociando com as autoridades para salvar sua cruz. “Muitos turistas visitam esta área. Se a cruz for derrubada, se perde o símbolo de nossa igreja e o sinal do cristianismo”, afirmou o Padre Joseph.
O sacerdote católico incentivou os fiéis a protegerem a cruz e informou ao Bispo de Anhui, Dom Liu Xinhong sobre a disposição do Governo de derrubar a cruz. O prelado expressou sua incapacidade de enfrentar as autoridades e pediu para que a derrubada da cruz seja registrada através de fotografias.
Cruzes demolidas e atividades da Igreja restringidas
Um outro sacerdote pertencente à igreja subterrânea em Anhui, disse que todas as cruzes das igrejas de sua região foram removidas sem exceção, inclusive as que ficavam em templos da igreja subterrânea, leal ao Vaticano e que não aceita ser sancionada pelo regime.
Além disso, explicou que antigamente era permitido construir igrejas e realizar atividades eclesiais apesar da repressão, mas “agora as cruzes são demolidas e as atividades da Igrejas são restringidas”.
Campanha de remoção de cruzes
A campanha de remoção de cruzes movida por parte do governo comunista chinês ganhou força em outubro de 2018, quando foram removidas milhares delas nas Dioceses das províncias de Zhejiang, Henan, Hebei e Guizhou, motivadas por uma suposta violação das leis de planificação.
De acordo com o Padre Chen, um sacerdote de Anhui, a perseguição do regime comunista à Igreja não parou nem sequer diante do auge da pandemia do novo coronavírus no país. (EPC)
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