Google registra aumento na procura da palavra “oração” durante a pandemia
“É altamente provável que o aumento na intensidade da oração vá continuar”, à medida que mais e mais pessoas encontrem seus entes queridos afetados pelo coronavírus.
Redação (Quarta-feira, 08-04-2020, Gaudium Press) Em tempos de crise, oramos. Esta é a tese de uma professora da Universidade de Copenhague, Dinamarca, Jeanet Sinding Bentzen, que analisou as estatísticas do conhecido motor de busca na Internet Google de 75 países. A palavra ‘Prayer’ (Oração) teve um notável aumento no número de buscas, o que se relaciona diretamente com o aumento de número de contágios durante a pandemia. Suas descobertas fazem parte de um artigo em fase de revisão divulgado recentemente.
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Aumento na procura por religião
A pesquisadora já havia estudado o impacto dos desastres naturais na religiosidade em 2019, pelo qual as particulares condições da pandemia chamaram sua atenção para uma nova pesquisa. “A procura por religião tem aumentado dramaticamente desde o começo da pandemia, com líderes políticos e grupos auto-organizados que motivam aos cidadãos a orar”, afirmou Bentzen em seu documento. “Registro que as busca do Google sobre a oração dispararam durante o mês de março de 2020, quando o Covid-19 se tornou global”.
Segundo a professora, a intensidade das buscas se duplica cada vez que se registram novos casos de contágio. Bentzen afirmou que “é altamente provável que o aumento na intensidade da oração vá continuar”, à medida que mais e mais pessoas encontrem seus entes queridos afetados pelo coronavírus. Para a pesquisadora é chamativo que este aumento não tenha relação com o impacto econômico da crise, já que não se registrou o mesmo interesse religioso durante a crise econômica global de 2007-2008.
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Crescente interesse nas leituras e plataformas católicas nas redes sociais
Ainda que seja cedo para prever o impacto a nível religioso da atual pandemia, os dados anteriores apontam para um efeito duradouro. Isto é o que ocorre com os desastres naturais estudados por Bentzen em 2019, com uma possível transmissão de ditos efeitos às gerações posteriores. Apesar das buscas na Internet ofereçam uma perspectiva incompleta sobre a intenção ou origem das consultas (por exemplo, se se trata de fiéis sem acesso aos seus lugares de culto habituais ou de pessoas não religiosas com um interesse renovado na vida espiritual), a experiência de diversos meios católicos ratifica um crescente interesse com aumento nas leituras e inscrições às plataformas católicas nas redes sociais. (EPC)
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