George Weigel: O que está acontecendo na Igreja alemã não é cisma, é apostasia
O renomado autor americano escreveu um artigo sobre o que está acontecendo com o catolicismo alemão no jornal Die Tagespost.
Redação (17/12/2022 10:50, Gaudium Press) George Weigel é um reconhecido autor no mundo católico e não católico, e um dos mais renomados biógrafos de São João Paulo II, em seu famoso best-seller Testemunho de Esperança.
Por isso, sua afirmação, expressa no Die Tagespost, de que a Igreja alemã “não está em estado de cisma, mas de apostasia”, tem um peso considerável.
O famoso autor, que também é teólogo, pergunta: “o que está acontecendo na Alemanha em seu ‘caminho sinodal’ nacional?”, e em seguida responde:
“Muitas coisas estão acontecendo: uma instrumentalização do crime e do pecado do abuso sexual para reinventar o catolicismo, uma rejeição da perene compreensão católica do amor humano e sua expressão, uma rendição incondicional à ideologia de gênero e sua desconstrução da concepção bíblica da pessoa humana; uma revolução eclesiológica que, em nome do fortalecimento dos leigos católicos, despoja os ofícios de bispos e sacerdotes de seu pleno caráter sacramental; a redução gradual da igreja a uma próspera ONG que faz boas obras definidas pelo consenso do politicamente correto do momento”.
Para Weigel, o chamado Caminho Sinodal Alemão rejeita o ensinamento católico sobre a Revelação: “cada momento histórico é avaliado pela Revelação. A Revelação não se avalia pelos ‘sinais dos tempos’”, ressalta.
A fé não é reconhecida no caminho sinodal alemão
E, por fim, ele faz uma afirmação, que já ocupa amplas manchetes:
“Costuma-se dizer que o catolicismo alemão está em estado de cisma. Essa é uma descrição inadequada da crise alemã. O catolicismo alemão, expresso nos documentos do Caminho Sinodal, está em estado de apostasia. O caminho sinodal alemão não reconhece ‘a fé que foi transmitida, que foi confiada aos santos de uma vez por todas’ (Jd 1,3)”. No início deste ano, destacou-se, em um dos “textos básicos”: “Mesmo na igreja, os pontos de vista e os estilos de vida legítimos podem competir entre si, mesmo em termos de crenças fundamentais”.
Com informações Infocatolica.
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