Francisco: não se esqueçam da guerra na Ucrânia
No final da audiência geral, Francisco pediu oração e ajuda para “este povo que tanto sofre”. A Rússia parece estar se abrindo para a mediação do Vaticano.
Redação (15/06/2022 11:53, Gaudium Press) Na audiência geral de hoje, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco fez considerações sobre a guerra que ainda está ocorrendo na Ucrânia.
“Não nos esqueçamos do povo martirizado da Ucrânia em guerra. Não nos acostumemos a viver como se a guerra fosse algo distante. A nossa recordação, o nosso afeto, a nossa oração e a nossa ajuda vão sempre para este povo que tanto sofre e que está levando avante um verdadeiro martírio”, disse o Pontífice.
Francisco pede que a guerra seja considerada como o tormento de uma nação à qual devemos estar próximos com ajuda e orações.
“A recordação se esvanece, a dor corre o risco de se esfriar”, ressaltou.
A mediação do Vaticano no conflito?
Essa alusão de Francisco à guerra, que ainda está acontecendo no leste do país eslavo, se junta ao que foi anunciado ontem pela mídia de que a Rússia estaria aberta à mediação do Vaticano.
Após declarações do departamento de relações exteriores do Patriarcado Ortodoxo de Moscou no início de maio, dizendo que as declarações do Papa ao Corriere della Sera não refletiam objetivamente o encontro que Francisco teve com o Patriarca Kirill em março, as declarações mais recentes de Alexei Paramonov parecem mostrar outra tônica nas relações Roma-Moscou.
Paramonov, diretor do primeiro departamento europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que os governantes de seu país apoiam a realização de um diálogo sincero e de confiança sobre vários temas com “os dirigentes do Vaticano”, particularmente a situação humanitária na Ucrânia.
“Todas as iniciativas da Santa Sé e do Papa Francisco pela paz na Europa inspiram grande respeito”, observou Paramonov, afirmando que o Kremlin reconhece a “grande autoridade” do Pontífice.
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