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França: Tribunal ordena remoção de uma imagem de Nossa Senhora

A associação Libre Pensée de Charente-Maritime exige, em nome do laicismo, a remoção do símbolo religioso.  

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Redação (05/03/2022 12:36, Gaudium Press) Parece que a França católica continua a incomodar…

Uma imagem de Nossa Senhora localizada no espaço público de La-Flotte-en-Ré, no distrito de Charente-Maritime, no sudoeste da França, na região da Nova Aquitânia, terá que ser removida. É o que decidiu o Tribunal Administrativo de Poitiers nesta quinta-feira, 3 de março, para desgosto de muitos habitantes, depois que a Associação Libre Pensée (Livre Pensamento) de Charente-Maritime entrou com uma ação legal, reivindicando a remoção da imagem.

Em defesa do laicismo, essa associação invocou a lei de 1905, sobre a separação da Igreja e do Estado, que proíbe a instalação de um monumento de natureza religiosa em local público.

 “Nós respeitamos a absoluta liberdade de consciência, mas a lei tem de ser respeitada. É uma decisão lógica”, insiste Claude Biardeau, presidente da Libre Pensée de Charente-Maritime.

O município de La Flotte-en-Ré terá que remover a imagem “erguida ilegalmente em seu domínio público” e “dentro de seis meses”, decretou o Tribunal.

Inicialmente, esta imagem de Nossa Senhora foi erguida em local particular, por uma família para agradecer o retorno de seus familiares vivos após a Segunda Guerra Mundial. Na década de 1980, a imagem foi instalada em um novo cruzamento na entrada da cidade.

Assim, a imagem acabou ficando em domínio público com a aprovação de Léon Gendre, ex-prefeito “muito laico” de La Flotte-en-Ré.

O caso teria terminado aí se não fosse por um acidente de um motorista que atingiu a imagem em maio de 2020. Reduzida a pedaços, a imagem foi reconstruída de forma idêntica e reinstalada no mesmo local por decisão do prefeito.

“A população é unânime em considerar que a imagem faz parte de um patrimônio histórico, da mesma forma que uma estátua de um rei ou de Napoleão”, sublinhou o prefeito Jean-Paul Héraudeau que não descarta a possibilidade de recorrer da decisão.

Por sua vez, os moradores se mobilizaram para impedir a retirada da imagem através de um abaixo-assinado que já recolheu cerca de 6.600 assinaturas.

 

 

 

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