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FBI adota o estilo da Gestapo contra as comunidades católicas?

FBI designou agentes e recursos para espionar paróquias católicas.

FBI

Redação (18/04/2023 15:01, Gaudium Press) O FBI elaborou um memorando de oito páginas, no qual comparava católicos tradicionalistas a extremistas violentos por motivos raciais, e justificava sua vigilância para mitigar ameaças: “o crescente interesse de extremistas violentos por motivos raciais ou étnicos (RMVEs) na ideologia católica tradicionalista radical (RTC) certamente apresenta novas oportunidades para um plano de mitigação de ameaças”.

O documento interno também traçou um perfil do que para eles constituía esse estilo ameaçador dos católicos tradicionalistas, com o FBI opinando sobre questões religiosas, como o gosto de certos tradicionalistas pela Missa em latim, ou uma suposta rejeição do Concílio Vaticano II. Todo um estilo de polícia político-religiosa, no melhor estilo “de Cuba comunista”, de acordo com o parecer do procurador-geral da Virgínia, Jason Miyares.

De fato, foi em meados de fevereiro que Miyares, acompanhado por 20 procuradores-gerais de seus respectivos estados, enviou uma carta ao diretor do FBI, Christopher Wray, e ao procurador-geral Merrick Garland, exigindo que o FBI “apresentasse todos os materiais” relacionados ao memorando, além de pedir ao FBI que “ordenasse, de forma imediata e inequívoca, que o pessoal da agência não perseguisse os americanos com base em suas crenças e práticas religiosas”.

O FBI se retratou do memorando, mas o promotor de Virgínia e os outros que o acompanharam declararam que não estavam convencidos dos “esforços de controle de danos” feitos pela entidade e que, se o memorando não tivesse sido vazado, “poderia muito bem continuar a ser um produto de inteligência à disposição do FBI”.

“A eliminação do documento pelo FBI (…) e a suposta “revisão” do processo que o criou de forma alguma nos garante que este memorando não reflita um programa mais amplo de vigilância secreta aos católicos americanos ou outros fiéis religiosos, e de infiltração em seus locais de culto. Isso só nos assegura que o FBI se sente envergonhado com a divulgação pública do conteúdo do memorando”, afirmou o procurador-geral da Virgínia.

Reações no Congresso Americano

Mas agora, um Comitê da Câmara que investiga todo o caso ouviu um informante do FBI, Kyle Seraphin, que revelou documentos mostrando que o órgão de investigação estava monitorando os católicos “radicais”, especialmente aqueles que assistem à missa em latim.

Além disso, outros documentos obtidos pelo Comitê de Armamento do Governo mostram que o FBI “procurou utilizar organizações religiosas locais como ‘novos caminhos para a detecção precoce e o desenvolvimento de fontes de informação'”. Ou seja, estavam sendo utilizadas inúmeras técnicas e recursos próprios de atividades de inteligência.

“Eu perguntei especificamente ao [procurador-geral] Merrick Garland se o FBI estava mirando as paróquias católicas e ele disse que não”, escreveu o senador republicano Josh Hawley no Twitter, após a última revelação. “Acontece que o FBI estava usando agentes disfarçados em várias paróquias.”

“Alguém tem que lhes ensinar uma lição sobre a Primeira Emenda”, disse o deputado republicano Jim Jordan, que também atua como presidente do Comitê de Armamento, a Sean Hannity na segunda-feira. “Este memorando fala especificamente sobre fazer isso [colocar agentes disfarçados em paróquias católicas] e foi aprovado por dois analistas seniores e pelo principal advogado desta divisão.”

Jordan continuou: “Agora, pare e pense por um segundo. Ontem [Páscoa] provavelmente havia mais americanos na igreja do que em qualquer outro dia do ano. O dia em que celebramos a Ressurreição de nosso Salvador. Milhões de americanos vão à igreja. Agora, e se este assunto do FBI tivesse sido realizado? Haveria pessoas na igreja espionando os paroquianos, os companheiros que vão à igreja. Era isso que eles estavam procurando fazer. Assustador mesmo foi o que eles fizeram com a Primeira Emenda”.

 

Com informação Infocatolica

 

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