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Espanha: sete igrejas vandalizadas em um mês

Sete atos de vandalismo e profanação em locais católicos na Espanha foram relatados nas últimas semanas, suscitando preocupações sobre o aumento da intolerância religiosa.

Foto: screenshot/ Facebook

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Redação (05/09/2025 09:39, Gaudium Press) O Observatório para a Liberdade Religiosa e de Consciência (OLRC) denuncia uma preocupante onda de ataques a igrejas católicas na Espanha, durante o mês de agosto, confirmando o aumento da cristianofobia e a vulnerabilidade da liberdade religiosa no país.

“Não podemos normalizar que, todas as semanas, haja ataques a igrejas, agressões a fiéis ou profanações. Pedimos às autoridades uma resposta firme e recursos para a proteção do patrimônio religioso”, declarou María García, presidente do OLRC.

Os sete ataques registrados no mês de agosto foram os seguintes:

Em 11 de agosto, vândalos picharam com tinta preta os degraus da paróquia de Santa Catarina, em Rute, província de Córdoba, poucos dias antes da festa da padroeira.

No dia seguinte, uma pessoa que se identificava como transgênero interrompeu a adoração perpétua na capela da paróquia de São Martinho, em Valência, gritando insultos, quebrando um ostensório e assediando os fiéis.

Em 13 de agosto, pichações ofensivas, acusando a Igreja Católica de corrupção, foram pintadas na paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo, em Palma de Maiorca.

No dia seguinte, um homem aparentemente embriagado atacou um sacristão e paroquianos durante uma celebração eucarística na Catedral de Valência.

Em 17 de agosto, um imigrante magrebino invadiu a paróquia de São Tiago Apóstolo, em Albuñol, província de Granada, danificando estátuas e iniciando um incêndio que levou duas horas para ser extinto.

Em 24 de agosto, uma mulher africana, supostamente com problemas psiquiátricos, vandalizou a igreja da Assunção de Nossa Senhora, em Yeles, província de Toledo, destruindo algumas imagens sagradas.

Um magrebino ateou fogo a uma paróquia em Albuñol, Granada. O homem, que antes de iniciar o incêndio havia golpeado várias imagens, foi detido.

Destruição na igreja de Yeles, Toledo. Uma mulher africana entrou na paróquia e destruiu várias imagens religiosas.

Em 31 de agosto, dois ativistas do grupo ambientalista Futuro Vegetal jogaram tinta na fachada da icônica Basílica da Sagrada Família, em Barcelona, para protestar contra os incêndios florestais, que eles atribuíram às atividades de pecuária.

Segundo García, “em um mês, pelo menos sete igrejas foram atacadas na Espanha. Agosto foi um mês negro para a liberdade religiosa em nosso país. A sucessão de ataques a igrejas e locais de culto demonstra que a violência e o ódio contra os cristãos estão longe de ser casos isolados”, afirma García.

“Esses fatos constituem uma tendência preocupante de intolerância religiosa. Exigimos das delegações do governo e das corporações municipais planos específicos de prevenção contra ataques às igrejas e a aplicação rigorosa do Código Penal contra crimes de ódio e escárnio aos sentimentos religiosos”, acrescentou García.

“De acordo com os dados dos Relatórios de Ataques à Liberdade Religiosa na Espanha, os cristãos são sempre a religião mais atacada”.

O presidente do Observatório para a Liberdade Religiosa exigiu das autoridades uma maior proteção das igrejas. “Muitos párocos nos informam que estão tendo que instalar câmeras ou fechar os templos devido ao aumento do vandalismo e do ódio anticristão”.

O Observatório para a Liberdade Religiosa exorta a sociedade civil e as instituições a enfrentar a questão de frente e denunciar qualquer ato de ódio religioso.

“Somente denunciando esses ataques e reagindo com firmeza, poderemos garantir a coexistência e o respeito à liberdade de todos”, ressaltou García.

A sucessão de incidentes gerou um debate mais amplo acerca da proteção do patrimônio religioso espanhol e da garantia da segurança dos fiéis, diante das crescentes preocupações com a intolerância religiosa.

Com informações CNA

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