“Escolher a Cristo não garante os sucessos segundo os critérios do mundo”
Embora participando intimamente do mistério da Encarnação, até mesmo Maria teve que se interrogar sobre o gênero de realeza do Filho de Davi.
Redação (20/11/2021 10:23, Gaudium Press) “Em que consiste o “poder” de Jesus Cristo Rei?
“Não é o dos reis e dos grandes deste mundo; é o poder divino de dar a vida eterna, de libertar do mal, de derrotar o domínio da morte. É o poder do Amor, que do mal sabe obter o bem, enternecer um coração endurecido, levar paz ao conflito mais áspero, acender a esperança na escuridão mais cerrada.
“Este Reino da Graça nunca se impõe, e respeita sempre a nossa liberdade. Cristo veio para ‘dar testemunho da verdade’[1] — como declarou diante de Pilatos —: quem acolhe o seu testemunho, coloca-se sob a sua ‘bandeira’, segundo a imagem querida a Santo Inácio de Loyola.
“Portanto, torna-se necessária — sem dúvida — para cada consciência uma opção: quem quero seguir? Deus ou o maligno? A verdade ou a mentira? Escolher Cristo não garante o sucesso segundo os critérios do mundo, mas assegura aquela paz e alegria que só Ele pode dar. Demonstra isto, em todas as épocas, a experiência de tantos homens e mulheres que, em nome de Cristo, em nome da verdade e da justiça, souberam opor-se às lisonjas dos poderes terrenos com as suas diversas máscaras, até selar com o martírio esta sua fidelidade.
“Queridos irmãos e irmãs, quando o Anjo Gabriel levou o anúncio a Maria, prenunciou-lhe que o seu Filho teria herdado o trono de Davi e reinado para sempre.[2] E a Virgem Santa acreditou ainda antes de O dar ao mundo. Depois, sem dúvida, teve que se interrogar sobre qual novo gênero de realeza era a de Jesus, e compreendeu-o ouvindo as suas palavras e sobretudo participando intimamente do mistério da sua morte e ressurreição.
“Peçamos a Maria que nos ajude também a nós a seguir Jesus, nosso Rei, como ela fez, e a dar testemunho dele com toda a nossa existência.”
Excertos de:
BENTO XVI. Angelus, 22 de novembro de 2009.
[1] Jo. 18, 37.
[2] Cf. Lc 1, 32-33.
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