Ensinamentos da Ressurreição de Jesus
Da gloriosa Ressurreição de Cristo, refulgem consoladoras alegrias, como também dela se depreendem importantes lições para o homem fiel pautar sua trajetória rumo à eterna bem-aventurança.
Redação (09/04/2023 09:47, Gaudium Press) O homem modelado segundo o espírito do Divino Mestre – aquele que corresponde às graças obtidas pelos rogos de Maria, que é fiel, que obedece inteiramente a vontade de Deus e tem sua alma talhada pela doutrina da Igreja – possui uma têmpera tal que não há desastre, ruína, tristeza, perseguição nem miséria que o abatam e o desviem de sua trajetória apostólica.
Pelo contrário, quanto maiores os reveses, maior a sua coragem; quanto mais inesperadas e inopinadas as derrotas, maior a sua vontade de reagir; quanto mais terríveis os golpes que ele recebe, maior a sua determinação de continuar a lutar.
E se acontecer de ele cair prostrado durante a luta, Deus – que vela por ele e por sua descendência espiritual – fará com que, de seus exemplos e de sua lição, nasçam discípulos que continuem sua obra. E assim, de glória em glória, de passo em passo, mas de dor em dor, de sofrimento em sofrimento, é possível levantar obras de uma grandeza e de uma beleza inimagináveis.
Mas essas obras nascidas da dor, da fidelidade, da constância e da entrega completa de si mesmo para que Deus execute sua vontade sobre os homens, nascem também da devoção a Nossa Senhora e da união com Ela, que nos alcança graças indizivelmente fortes, profundas e tonificantes.
Júbilo que nos prepara para novas provações
Outra lição que nos é dada pelo triunfo de Nosso Senhor sobre a morte vem das jubilosas celebrações que no-lo recordam.
As pompas da esplêndida e brilhante Liturgia da Vigília Pascal e do Domingo da Ressurreição nos falam de todas as alegrias legítimas e até gloriosas que o homem fiel pode desfrutar em sua vida.
Entretanto, a missão e os trabalhos dos Apóstolos convertidos nos ensinam não haver alegria que desvie o homem fiel do caminho da dor; não há felicidade que o amoleça, que o subtraia da austeridade com a qual trilha o caminho do Céu.
Pelo contrário, como essa alegria é fruto do Espírito Santo, o homem sai desse dia de festa e de glória mais disposto a suportar todas as humilhações, todas as dores e todos os sacrifícios necessários para a grande batalha da salvação que ele terá diante de si.
Por essa razão, ao celebrarmos a Páscoa da Ressurreição, devemos pedir a Jesus ressurrecto, por intermédio de Nossa Senhora, a força de espírito pela qual não haja nenhuma provação que nos leve ao desespero, nem glória que nos leve à moleza.
Assim, através desse caminho de sofrimentos sem desânimos e de triunfos sem relaxamentos, chegaremos afinal à imperecível glória do Céu, pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Redentor, e pelos rogos de Maria Santíssima, nossa Mãe, a cujas preces tanto devemos.
Plinio Corrêa de Oliveira
Extraído, com adaptações, da Revista Dr. Plinio, março 2008.
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