Em 2023, mais de 130 sacerdotes foram presos, mortos ou sequestrados
Este é o segundo ano consecutivo que a Ajuda à Igreja que Sofre mapeia todos os casos de sequestros, assassinatos e prisões de clérigos e religiosos católicos no mundo.
Redação (13/01/2024 17:07, Gaudium Press) A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre apresentou um levantamento no qual constatou que ao longo do ano de 2023, um total de 132 sacerdotes e religiosos católicos foram presos, sequestrados ou assassinados.
Nicarágua lidera a lista de países com regimes autoritários
Esses números representam um aumento de 6,45% em relação ao ano de 2022, quando foram registrados 124 casos. Entretanto, o número pode ser ainda maior, uma vez que alguns países dificultam a obtenção de informações confiáveis. Este é o segundo ano consecutivo que a Ajuda à Igreja que Sofre mapeia todos os casos de sequestros, assassinatos e prisões de clérigos e religiosos católicos no mundo.
A lista de países com regimes autoritários é liderada pela Nicarágua, que em 2023 prendeu um total de 26 clérigos, incluindo dois Bispos e quatro seminaristas. Além disso, o governo local expulsou do país as religiosas Missionárias da Caridade. Somente nas últimas duas semanas de dezembro, 19 clérigos foram presos, dentre eles o Bispo de Siúna, Dom Isidoro de Carmen Mora Ortega.
Sequestros e assassinatos diminuíram, mas ainda preocupam
Apesar de ter diminuído, o número de sequestros sacerdotes ou religiosas em 2023 ainda preocupa as autoridades católicas. No ano passado foram registrados 33 casos, uma diminuição de 38,8% em relação aos 33 do ano anterior. Este número inclui cinco sacerdotes que haviam sido raptados em anos anteriores, mas permaneceram nas mãos dos seus sequestradores ou ficaram desaparecidos em 2023.
O país que lidera em número de sequestros é a Nigéria, com 28 casos, incluindo três religiosas. A Nigéria também foi o país com maior número de sacerdotes assassinados. Dos 14 registros feitos a nível mundial, três foram no país. Apesar do número ainda impressionar, se constatou que houve uma diminuição de casos em comparação com o ano de 2022, quando 18 sacerdotes católicos foram assassinados. (EPC)
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