Devoção da Divina Misericórdia: pontos que devem ser conhecidos
Fala ao mundo da Minha insondável Misericórdia: que toda a humanidade a conheça. Antes do Dia da Justiça envio o Dia da Misericórdia, quem não queira passar pela porta de Minha Misericórdia, tem que passar pela porta de Minha Justiça.
Redação (10/04/2021, 13:50, Gaudium Press) Com o Segundo Domingo da Páscoa chegamos à Festa da Divina Misericórdia, uma comemoração importante para os católicos, necessária para nossa perseverança e progresso espiritual e, além disso, muito atual para nosso tempo carente de tanta coisa e necessitado do amor misericordioso de Deus.
Vale a pena recordar alguns pontos sobre esta devoção nascida do Coração de Jesus, difundida por Santa Faustina Kowalska e recomendada por São João Paulo II.
Portanto, neste Domingo da Divina Misericórdia façamos uma caminhada em torno de pontos que nos trarão conhecimentos, aprofundamento e incentivo para praticarmos esta importante santa devoção.
O Domingo da Misericórdia se baseia em revelações privadas
Esta celebração acontece no segundo Domingo da Páscoa.
Ela baseia-se nas revelações privadas feitas a Santa Faustina Kowalska, religiosa polonesa que recebeu as mensagens de Jesus sobre sua Divina Misericórdia no povoado de Plock, na Polônia.
Devoção que faz parte do calendário da Igreja por ação de São João Paulo II
No dia 30 de abril de 2000, o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina e, durante Homilia da celebração, ele declarou:
“É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’”.
Uma revelação privada com efeitos válidos na liturgia
Em seu comentário teológico sobre a mensagem de Fátima, o então Cardeal Joseph Ratzinger, agora Papa Emérito Bento XVI, escreveu:
“Podemos acrescentar que frequentemente as revelações privadas provêm da piedade popular e nela se refletem, dando-lhe novo impulso e suscitando formas novas. Isto não exclui que aquelas tenham influência também na própria liturgia, como o demonstram por exemplo a festa do Corpo de Deus e a do Sagrado Coração de Jesus”.
A Igreja convida a celebrar a Divina Misericórdia de várias formas
“Para fazer com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o Papa São João Paulo II, em um Decreto da Penitenciária Apostólica de 2002, estabeleceu que o citado Domingo seja enriquecido com a Indulgência Plenária”, “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos”.
A imagem da Divina Misericórdia foi revelada pelo próprio Jesus a Santa Faustina
A Imagem da Divina Misericórdia foi revelada a Santa Faustina em 1931 e o próprio Jesus lhe pediu que a pintasse. Em seguida, explicou-lhe seu significado e o que os fiéis alcançarão com ela.
Na maioria das versões, Jesus se mostra levantando sua mão direita em sinal de bênção e apontando com sua mão esquerda o peito do qual fluem dois raios: um vermelho e outro branco.
“O raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas (…) Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).
Toda a imagem é um símbolo da caridade, do perdão e do amor de Deus, conhecida como a “Fonte da Misericórdia”.
Uma devoção que conta com orações particulares
O Terço da Divina Misericórdia é um conjunto de orações usadas como parte da devoção à Divina Misericórdia.
O Terço faz Divina Misericórdia costuma ser rezado às 15horas para recordar o momento da morte de Jesus. Para esta oração usa-se as contas de um terço, porém, com um conjunto diferente de orações:
Primeiramente, reza-se o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo.
Em seguida, nas contas do ‘Pai Nosso’, é dito: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”.
Nas contas que no terço correspondem à oração da ‘Ave Maria’, reza-se: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”.
Ao final das contas dos “cinco mistérios”, deve-se rezar três vezes: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”.
A devoção à Divina Misericórdia está muito vinculada ao Evangelho do Segundo Domingo da Páscoa
A imagem da Divina Misericórdia representa Jesus no momento em que aparece aos discípulos no Cenáculo –após a ressurreição–, quando Nosso Senhor Ressurreto dá aos apóstolos o poder de perdoar ou reter os pecados.
Um momento que está registrado pelo evangelista São João (20,19-31) e que é a leitura do Evangelho do Segundo Domingo da Páscoa.
A liturgia da Igreja coloca esta leitura no oitavo dia depois da Páscoa porque nela está incluída a aparição ao apóstolo São Tomé, quando Jesus convida misericordiosamente o incrédulo apóstolo a tocar suas chagas. E este acontecimento ocorreu no oitavo dia depois da Ressurreição (João 20,26).
Jesus deu aos sacerdotes um poder especial para administrar a Divina Misericórdia
No Evangelho de São João, em 20,21-23, está escrito: “Novamente, Jesus disse: ‘A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio’.
E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos’”.
E nada mais ligado à Divina Misericórdia que o amor e o perdão.
A confissão sempre será, até o fim dos tempos, a ação da Divina Misericórdia
Com o Espírito Santo, Jesus deu aos apóstolos e àqueles que os sucederam a capacidade para perdoar ou não perdoar, (reter) os pecados.
Como estão capacitados com o Espírito de Deus para fazer isso, sua administração do perdão é eficaz: a confissão realmente elimina o pecado e não é apenas um símbolo de perdão.
Nas revelações privadas, Jesus promete regressar em glória para julgar o mundo no amor misericordioso
Jesus promete regressar em glória para julgar o mundo no amor. E isso Ele diz claramente em seu sermão sobre o do Reino, nos capítulos 13 e 25de São Mateus.
Como é ensinado pelo Magistério da Igreja, somente no contexto de uma revelação pública se pode situar as palavras da revelação privada dada a Irmã Faustina.
Por isso, é de muita utilidade conhecer o que diz a Santa polonesa à qual Jesus revelou toda a Misericórdia de seu Coração e que ela transcreveu em seu diário:
“Prepararás o mundo para a minha última vinda” (Diário, 429).
“Fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia” (Diário, 848).
“Fala às almas desta Minha grande misericórdia, porque está perto o dia terrível, o dia da Minha justiça” (Diário, 965).
“Prolongo-lhes o tempo da Misericórdia, mas ai deles, se não reconhecerem o tempo da Minha visita” (Diário, 1160).
“Antes do Dia da justiça envio o dia da misericórdia” (Diário, 1588).
“Quem não queira passar pela porta de Minha misericórdia, tem que passar pela porta de Minha justiça” (Diário, 1146).
(Fonte: Professor Felipe Aquino, cleofas.com.br/10-coisas-que-deve-saber-sobre-o-domingo-da-divina-misericordia)
Deixe seu comentário