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“Deus nunca deixa de nos amar e não nos abandona”, assegura Leão XIV

“Esta é a força silenciosa de Deus: não abandona nunca a mesa do amor, nem mesmo quando sabe que será deixado sozinho”, afirmou o Pontífice durante a Audiência Geral.

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Cidade do Vaticano (13/08/2025 10:23, Gaudium Press) Conforme programado, a Audiência Geral desta quarta-feira, 13, foi realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, por conta das altas temperaturas registradas esta semana em Roma. Muitos fiéis tiveram que acompanhar a catequese do Papa através de telões instalados na Basílica de São Pedro e na Praça Petriano.

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Reconhecer o mal como uma oportunidade dolorosa para renascer

Após saudar os fiéis em diversos idiomas, Leão XIV deu sequência ao novo ciclo de catequeses iniciado na semana passada sobre o mistério pascal. Seguindo os passos de Jesus em seus últimos dias de vida, o Pontífice refletiu sobre o episódio narrado nos Evangelhos no qual Jesus revela que um dos doze apóstolos estava prestes a traí-lo.

Segundo o Santo Padre, Jesus não fez para condenar ou humilhar, pois nem sequer disse o nome de Judas, mas o fez para salvar, ensinando que o amor, quando é sincero, não pode ocultar a verdade. “O Evangelho não nos ensina a negar o mal, mas a reconhecê-lo como uma oportunidade dolorosa para renascer”, ensinou.

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Fragilidade do discípulo que quer amar, mas sabe que pode ferir

A reação dos discípulos não foi de raiva, mas de tristeza, “de uma dor silenciosa, feita de perguntas, de suspeitas, de vulnerabilidade. E na possibilidade real de serem envolvidos, todos começaram a se interrogar se “acaso serei eu?”, reconhecendo a fragilidade do seu próprio amor.

O Papa afirmou que a interrogação ‘acaso serei eu’ “ está talvez entre as mais sinceras que podemos fazer a nós mesmos. Não é a pergunta do inocente, mas do discípulo que se descobre frágil. Não é o grito do culpado, mas o sussurro de quem, mesmo querendo amar, sabe que pode ferir. É nessa consciência que começa o caminho da salvação”.

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Quando Deus vê o mal não se vinga, mas se entristece

Segundo o Pontífice, quando Deus vê o mal “não se vinga, mas se entristece”. As duras palavras que Jesus diz referindo-se ao traidor, ‘Melhor seria que nunca tivesse nascido!’, não são uma maldição ou condenação, mas um grito de dor. Se renegamos o Amor que nos gerou, “perdemos o sentido da nossa vinda ao mundo e nos autoexcluímos da salvação”.

Jesus não se escandaliza diante da nossa fragilidade e continua a confiar, assegurou o Santo Padre. “Ele sabe bem que nenhuma amizade está imune ao risco da traição”, tanto que sentou à mesa com os seus. “Esta é a força silenciosa de Deus: não abandona nunca a mesa do amor, nem mesmo quando sabe que será deixado sozinho”.

“No fundo, esta é a esperança: saber que, ainda que possamos falhar, Deus nunca falha. Mesmo que possamos trair, Ele nunca deixa de nos amar. E se nos deixarmos alcançar por esse amor — humilde, ferido, mas sempre fiel — então podemos verdadeiramente renascer. E começar a viver não mais como traidores, mas como filhos sempre amados”. (EPC)

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