Deus está disposto a usar sua graça para nos transformar, diz o Papa Francisco
O Pontífice seguiu o ciclo de catequeses sobre a Carta aos Gálatas. Desta vez, refletiu sobre o poder de transformação da graça divina.
Cidade do Vaticano (30/06/2021 16:55, Gaudium Press) Na Audiência Geral desta quarta-feira, 30, o Papa Francisco continuou sua meditação sobre os textos da Carta aos Gálatas e sobre a forma como os cristãos devem viver sua Fé.
A verdade do Evangelho e a conversão de São Paulo Apóstolo
São Paulo se dirige a esta comunidade, indicando que cada um deve “reafirmar a novidade do Evangelho, que os Gálatas receberam de sua pregação, para construir a verdadeira identidade sobre a qual fundar sua própria existência”. Quando surgem problemas em uma comunidade, não é necessário demorar-se na sua superficialidade, mas sim aprofundar-se na “verdade do Evangelho”.
Aos Gálatas, São Paulo “conta a história de sua vocação e conversão, que coincide com a aparição de Cristo Ressuscitado durante a viagem até Damasco (cf. Atos 9, 1-9). ‘Certamente ouvistes falar de como outrora eu vivia no judaísmo, com que excesso perseguia a Igreja de Deus e a assolava. Avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais’. (Gal 1,13-14)”.
A misericórdia de Deus na história de São Paulo
Ele conta sua história simplesmente para que os Gálatas, e todos, vejam a misericórdia que Deus teve com ele, e que está disposto a usar com todos, fazendo com que nos transformemos radicalmente.
“Deus, com a sua graça, lhe revelou o seu Filho morto e ressuscitado, para que ele se convertesse em anunciador em meio dos pagãos (cf. Gal 1,15-6)”, disse o Papa. “Os caminhos do Senhor são inescrutáveis! O tocamos com a mão todos os dias, mas principalmente se pensarmos nos momentos em que o Senhor nos chamou!”, afirmou.
Nada é por acaso, Deus tece a nossa história
“Ter fixo no coração e na mente esse encontro com a graça, quando Deus mudou a nossa existência. Quantas vezes, diante das grandes obras do Senhor, surge de forma espontânea a pergunta: como é possível que Deus se sirva de um pecador, de uma pessoa frágil e débil, para cumprir sua vontade? No entanto, não há nada casual, porque tudo foi preparado no desígnio de Deus. Ele tece a nossa história e, se correspondermos com confiança ao seu plano de salvação, o realizamos”.
O Papa concluiu sua alocução assinalando que o apelo do Criador comporta sempre uma missão à qual estamos destinados, uma missão à qual Deus nos envia e nos sustenta com a sua graça: “Deixemo-nos guiar por esta consciência: a sua graça transforma a existência e a torna digna de ser colocada ao serviço do Evangelho”. (EPC)
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