Declaração do Patriarcado Latino de Jerusalém sobre a guerra em Israel
O Patriarcado Latino de Jerusalém pediu oração e o compromisso da comunidade internacional com a paz e o fim da violência.
Redação (08/10/2023 11:47, Gaudium Press) Em uma operação surpresa, o Hamas – Movimento de Resistência Islâmica – disparou milhares de foguetes da Faixa de Gaza contra Israel. Isso foi acompanhado por confrontos dentro dos assentamentos na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou: “Israel está em guerra” e que “o primeiro objetivo do país é expulsar as forças hostis que invadiram nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade das comunidades atacadas”.
Diante dessa situação dramática, o Patriarca latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, convocou todos os fiéis a oferecerem a missa de domingo, 8 de outubro, “na intenção de um cessar-fogo e o fim da guerra em curso na Terra Santa, pedindo a Deus que evite mais derramamento de sangue, perda de vidas e sepultamento de esperanças”.
“Esta manhã, sábado, dia 7 de outubro de 2023, o ciclo de violência que ceifou a vida de muitos palestinos e israelenses nos últimos meses foi renovado. A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelense estão a levar-nos de volta aos piores períodos da nossa história recente. As demasiadas vítimas e tragédias que as famílias palestinas e israelenses têm de enfrentar criarão ainda mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspectiva de estabilidade”.
Em sua declaração ao clero, aos religiosos e religiosas, e aos fiéis da diocese, Pizzaballa enfatizou: “Rezemos todos juntos com um só coração e uma só alma com o Papa Francisco. Senhor, vinde em nosso auxílio. Concedei-nos a paz. Ensinai-nos a paz. Guiai nossos passos no caminho da paz. Abri nossos olhos e corações, e dai-nos a coragem de dizer: ‘Não à guerra'”.
O pedido de oração de Dom Pizzaballa foi acompanhado por um comunicado do Patriarcado Latino de Jerusalém, no qual fez um apelo “aos líderes políticos e às autoridades que se empenhem num diálogo sincero, procurando soluções duradouras que promovam a justiça, a paz e a reconciliação para a população desta nação, que tem suportado o peso do conflito durante demasiado tempo”.
“Condenamos inequivocamente quaisquer atos que tenham como alvo civis, independentemente de sua nacionalidade, etnia ou fé. Tais ações vão contra os princípios fundamentais da humanidade e os ensinamentos de Cristo, que nos implorou para “amar o próximo como a si mesmo”.
Ressaltou também que “a Terra Santa, um lugar sagrado para milhões de pessoas em todo o mundo, está atualmente mergulhada na violência e no sofrimento devido ao prolongado conflito político e à lamentável ausência de justiça e de respeito pelos direitos humanos. Nós, os Patriarcas e Chefes das Igrejas de Jerusalém, temos apelado repetidamente à importância de respeitar o status quo histórico e legal dos santuários sagrados”.
O Patriarcado de Jerusalém concluiu sua declaração: “estendemos as nossas mãos a todos os que sofrem e rezamos para que o Todo-Poderoso conceda conforto aos aflitos, força aos cansados e sabedoria aos que ocupam posições de autoridade. Apelamos à comunidade internacional para que redobre os seus esforços no sentido de mediar uma paz justa e duradoura na Terra Santa, baseada na igualdade de direitos para todos e na legitimidade internacional. […] imploramos a todos que trabalhem incansavelmente para pôr fim à violência e estabelecer uma paz justa e duradoura que permita que a Terra Santa seja um farol de esperança, fé e amor para todos”.
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