Cuba anuncia libertação de prisioneiros acolhendo a mediação da Santa Sé
O governo cubano anunciou nesta última terça-feira, 14 de janeiro, que 553 prisioneiros seriam libertados “no espírito do Jubileu Ordinário de 2025”.
Redação (15/01/2025 18:48, Gaudium Press) No dia 14 de janeiro, o governo cubano anunciou que 553 prisioneiros seriam libertados em breve. Trata-se do resultado de um trabalho longo e paciente, de uma mediação ao longo de vários anos, realizada pela Santa Sé em prol da libertação dos prisioneiros cubanos. Um comunicado de imprensa do Ministério das Relações Exteriores de Cuba afirma que o Papa Francisco foi informado dessa decisão em uma carta enviada pelo presidente Díaz-Canal, no início de janeiro. A carta explica que essa medida está sendo tomada “no espírito do Jubileu Ordinário de 2025”.
O governo cubano informou também que “mantemos uma relação respeitosa, franca e construtiva com o Vaticano e com o Sumo Pontífice, o que facilita decisões como a que foi tomada recentemente”.
Para Francisco, essa decisão das autoridades cubanas é, de fato, uma resposta à sua oração expressa na Bula Jubilar, Spes non confundit, na qual Francisco pede “sinais tangíveis de esperança” para os prisioneiros, propondo aos governos do mundo “formas de anistia ou remissão de penas”, bem como “caminhos de reintegração na comunidade”.
Cuba e EUA
O anúncio foi feito poucas horas após a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de retirar Cuba da lista negra de Estados patrocinadores do terrorismo, uma medida tomada pouco antes do final de seu mandato e que deve incentivar a libertação de um “número significativo de presos políticos”, como explicou um alto funcionário dos EUA.
A Casa Branca também se refere ao papel desempenhado pela Igreja Católica. Em uma declaração oficial publicada nesta terça-feira, afirma-se claramente que o objetivo dessa medida é “fortalecer o diálogo contínuo entre o governo cubano e a Igreja Católica”.
A nota diplomática cubana não faz referência a um vínculo direto com a decisão tomada pela Casa Branca, onde o presidente eleito Donald Trump, que durante seu primeiro mandato havia incluído Cuba nessa mesma lista, assumirá o cargo em breve.
De acordo com as estatísticas oficiais, aproximadamente 500 cubanos foram sentenciados a penas de até 25 anos por envolvimento em manifestações que reivindicavam mais liberdades e melhorias econômicas.
Com informações Vatican news
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